Em sabatina com vereadores, Casan fala sobre abastecimento e esgoto em São José

Principais promessas da companhia para a cidade são aumentar adutoras e cobrir Lagoa de Potecas

A Câmara de vereadores de São José recebeu nesta quinta-feira (18/2) representantes da Casan para prestar esclarecimentos sobre a falta de água em alguns bairros e planejamentos de investimento, como a Lagoa de Estabilização, em Potecas, e a expansão da empresa no município. A sabatina proposta pelos veradores foi motivada pelas constantes reclamações de moradores sobre a falta de água na maioria dos bairros de São José.

Na reunião, o superintendente de negócios da região metropolitana da Grande Florianópolis da Casan, Joel Horstmann, apresentou o funcionamento da água e esgoto no município e respondeu a questões de vereadores. 

representantes da casan sentados na bancada da câmara de são josé em reunião de esclarecimentos; presidente méri hang em pé na frente com microfone; todos de máscara
Vereadores receberam os representantes da companhia para esclarecimentos de ações na cidade e o futuro do sistema – CMSJ/Divulgação/CSC

No caso da falta de água em Barreiros, Horstmann aponta como solução uma nova adutora, que deve ficar pronta em maio e atenderá também Campinas e Kobrasol. Na Serraria, a nova adutora prevista para novembro de 2021 também é apontada como uma solução para a falta de água durante o dia. Já em Altos de São José, o representante da Casan diz que o problema não é a falta de água, mas sim os rompimentos na rede, impactados pelo aumento da população habitando a região.

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Durante o encontro, o vereador Alexandre Cidade (MDB) questionou qual é o diagnóstico da companhia em relação a falta de água na região dos bairros Pedregal, Jardim Botânico e Loteamento Melo. “Em campanha as pessoas me questionaram muito sobre isso porque é constante, é quase diário a falta de água no fim do dia ali”, disse o vereador. Nesses locais, disse Horstmann, o problema é a dificuldade em ampliar a rede de distribuição. No primeiro, a água é irregular e no segundo bairro a Casan não conseguiria ampliar a rede porque os moradores não têm a documentação do terreno. “A parte de Forquilhinha, Potecas, Alto Forquilhinas, Flor de Nápolis, Colônia Santana, Sertão do Maruim [o problema] seria a reservação”. A companhia pretende dobrar a quantidade do reservatório para dar conta da demanda diária.

Horstmann mostrou que a companhia investiu R$ 18 milhões no abastecimento de São José em 2020. O foco, reafirmou, são as ampliações das adutoras, como o projeto de transposição do Rio Biguaçu.

Esgotamento sanitário

Questionado pelo vereador Jandir da Rosa (Podemos) sobre o futuro da Lagoa da Casan em Potecas, que apresenta problemas de mau cheiro e oxidação em casas ao redor, o representante da Casan informou que a lagoa com lodo vai ser coberta. O projeto está em conclusão e será licenciado e posteriormente licitado. Ele estima que a obra custará mais de R$ 200 milhões com prazo de 3 anos.

Para a questão do esgoto, a Casan pretende realizar convênio com empresa para o ‘Se Liga na Rede’, que vai orientar os moradores a realizar a ligação na rede de esgoto de forma regular. Atualmente há cerca de 14 mil ligações de esgoto na cidade. Cobrança de prazos e aplicação de multas seriam de responsabilidade da Vigilância Sanitária.

Na reunião os representantes também mencionaram sobre o vazamento que ocorreu na última sexta-feira (12) e sobre como foi difícil efetuar a manutenção. A companhia precisou escavar mais de 5 metros abaixo da adutora, o que resultou em um trabalho de mais de 12 horas. O interropimento da adutora de 1,2 metro, a principal da Grande Florianópolis, gerou desabastecimentos durante a semana em diversos bairros.

Confira a reunião na íntegra

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