Seis dos 32 eixos das pontes de acesso a Florianópolis estão em situação crítica

estrutura de pilares de concreto sobre a água, sendo que a parte superior está desgastada com ferros à mostra
Governo vai contratar empresa para fazer diagnóstico completo das pontes e ver quanto precisa ser reformado e quanto vai custar de fato - Secom SC/Divulgação/CSC

Uma vistoria realizada por engenheiros da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade indicou a necessidade de um estudo específico para reparar ao menos seis eixos de sustentação das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Machado Salles, em Florianópolis.

A situação desses seis eixos, de 16 em cada uma das pontes, é crítica, porém estável, conforme demonstrou o governador, Carlos Moisés, nessa quarta-feira (20/11). “Não existe risco iminente. Essa medida que estamos tomando é por cautela. Vamos contratar uma empresa altamente especializada e fazer tudo o que for necessário para garantir a segurança, com total transparência”, disse Moisés.

Segundo o governo, os engenheiros da secretaria de infraestrutura vão fazer análises mais frequentes a partir de agora. Cada ponte tem 16 eixos de sustentação, sendo três em cada uma em condição aparentemente mais críticas: os de número 4, 6 e 10 da Colombo Salles, e 7, 7N e 9 da Pedro Ivo. A empresa especializada que será contratada para o estudo – ao custo aproximado de R$ 900 mil – vai verificar todos, incluindo estruturas sem danos aparentes.

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De acordo com o secretário de Estado da Infraestrutura, Carlos Hassler, a deterioração se agravou em progressão geométrica a partir de 2015, resultado da falta de manutenção adequada nas pontes ao longo das últimas décadas: “A empresa especializada a ser contratada terá 20 dias úteis para fazer o laudo, que vai indicar a real situação da estrutura. O processo de dispensa de licitação será lançado na semana que vem”.

A partir do novo parecer, o Estado terá uma estimativa do quanto custará a reforma estrutural. A reforma das pontes foi autorizada no final de fevereiro e tem tido alguns trabalhos ao longo do ano, como o aparafusamento das juntas de dilatação, cuja quebra causou grandes transtornos duas vezes nesse ano. O custo inicial estimado em recuperar as duas estruturas é de R$ 31 milhões, mas poderá aumentar após essa nova análise dos pilares. O prazo para execução da reforma era inicialmente de 24 meses.

Hassler ainda lembrou que a vistoria só foi possível porque o Governo do Estado decidiu contratar novos engenheiros para reforçar as equipes técnicas. “A situação da ponte hoje é estável e não há motivos para a população se preocupar. Nossos engenheiros que já estão atuando na reforma vão fazer verificações diárias e nos manter informados”, afirmou o secretário.

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