Servidores de São José decidem entrar em greve em 31 de maio

Categoria alega que defasagem salarial não foi reposta

Na assembleia realizada pelo Sintram-SJ nesta quarta-feira (25/5) cerca de 1.400 servidores públicos municipais de São José estiveram presentes. Foi decidido pela deflagração da greve a partir da próxima terça-feira, 31 de maio, após a apresentação da direção do sindicato da proposta que o Executivo Municipal enviou à entidade na terça-feira (24) sobre a pauta de reivindicações da categoria.

Servidores de São José entram em greve em 31 de maio
Categoria afirma que reajuste aprovado na semana passada é insuficiente para repor perdas salariais, além de outras exigências – Sintram-SJ/Divulgação/CSC

Segundo o sindicato muitas reivindicações importantes dos servidores foram ignoradas pela gestão municipal ou não tiveram avanço e, por esse motivo, a greve foi deflagrada.

As principais razões para a greve municipal em São José são: as perdas salariais de 2020, o valor do auxílio-alimentação, chamamento de mais concursados, carreira de pós-graduação para o magistério, aplicação do piso do magistério na carreira, implementação do piso dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias, compromisso de implementar o piso da Enfermagem tão logo a lei for sancionada, compromisso de realização de eleições diretas para diretores das unidades escolares este ano e o abono das faltas da greve em 2021.

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Na assembleia também foi aprovada uma moção de repúdio à Junta Médica do município por cortes de atestados dos servidores adoecidos e em apoio à servidora Nadir Schussler.

Após a assembleia, os servidores realizaram uma carreata até a prefeitura para que o sindicato pudesse entregar ofício no gabinete do prefeito informando sobre a decisão da categoria. Parte dos servidores não pode entrar e, após negociação com a Guarda Municipal, uma comitiva entregou o documento.

Reajuste não é o suficiente

Na semana passada a Câmara de São José aprovou, por unanimidade, o reajuste salarial aos servidores em 12,47%, logo sancionado pelo prefeito Orvino. Na avaliação do Sintram, o reajuste não é o suficiente porque não cobre as perdas salariais dos últimos três anos e, por isso, a insatisfação da categoria. A avaliação do sindicato é de que o prefeito pode melhorar a proposta geral, que não envolve somente o reajuste. O sindicato também afirma que há recursos de sobra para isso porque durante a pandemia direitos dos servidores foram congelados, resultando em acúmulo de recursos nos cofres municipais.

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