Na manhã desta terça-feira (27/05), quase 1.800 servidores públicos municipais de São José participaram de uma assembleia organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintram/SJ). Durante o encontro, eles rejeitaram por unanimidade a proposta da prefeitura para a data-base de 2025 e, em resposta, aprovaram o Estado de Greve.
Apesar de quatro rodadas de negociação — incluindo uma que durou cinco horas — a prefeitura contemplou poucos pontos da pauta. Por isso, os servidores consideraram a proposta totalmente insatisfatória.
A categoria deixou claro que, para evitar uma greve, a gestão do prefeito Orvino Coelho de Ávila precisa atender reivindicações consideradas essenciais. Entre elas, estão:
- Convocar imediatamente os aprovados no concurso da Assistência Social;
- Lançar, já no início de junho, o edital de concurso público para a área da saúde;
- Criar ainda este ano o cargo de Professor de Educação Especial e Inclusiva, com realização de concurso público;
- Conceder reajuste salarial acima da inflação para todos os servidores;
- Corrigir os salários dos auxiliares e técnicos em enfermagem;
- Incluir pagamento por dedicação exclusiva;
- Atualizar o auxílio-alimentação conforme o valor da cesta básica da região, com valor fixo;
- Garantir eleições diretas para diretores e coordenadores;
- Melhorar de forma concreta as condições de trabalho.
Além disso, os servidores já marcaram nova assembleia para o dia 4 de junho, às 13h30, no Bolsão da Beira-Mar. O indicativo segue sendo de greve, caso o Executivo não apresente uma proposta que atenda às demandas da categoria.
Sindicato critica falta de valorização
A presidenta do Sintram/SJ, Jumeri Zanetti, criticou a falta de avanço. Segundo ela, o sindicato entregou a pauta no início de abril com 38 reivindicações. Em seguida, realizou uma assembleia no dia 7 de maio e iniciou as negociações. “A gestão teve tempo suficiente para analisar e responder com seriedade. No entanto, ignorou a importância de valorizar os servidores públicos de São José”, afirmou.
Jumeri ainda destacou que o futuro do movimento depende da gestão municipal. “Cabe ao prefeito Orvino apresentar uma proposta à altura. Só assim poderá evitar uma greve geral em São José.”