Suderf prepara rede de transporte coletivo para deixar Palhoça de fora

    Exigências do município não deverão ser aceitas em readequação do projeto

    ônibus da jotur parado em frente a um ponto de ônibus de tijolos a vista em uma praça
    Casa Civil estadual avalia que emendas aprovadas inviabilizam a efetivação do projeto em Palhoça, que deverá "ficar de fora" - Julio Cavalheiro/Secom SC/Divulgação/CSC

    A Suderf e o Obsevatório de Mobilidade Urbana da Ufsc avaliam como ajeitar o projeto da rede integrada de transporte coletivo da região metropolitana de Florianópolis para deixar Palhoça de fora, apesar da aprovação do município.

    Isso porque os vereadores de Palhoça aprovaram em dezembro a entrada do município na rede, porém com diversas condições, que, na avaliação do governo estadual, deixa a integração inviável.

    As principais exigências palhocenses para haver a integração com os ônibus da cidade são o voto municipal nas decisões da rede com peso baseado na população de cada cidade, criação de três terminais em palhoça, prazo até 31 de dezembro de 2020 para implantação do sistema, os corredores exclusivos de ônibus na BR 101 e na Via Expressa e a entrada efetiva de todos os municípios, exigência que se refere à capital. Algumas o governo estadual pretende cumprir. Caso haja alguma integração, não deverá ser total, a exemplo das outras cidades, que delegaram a concessão do transporte para o controle conjunto com a Suderf.

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    Os corredores exclusivos para ônibus não podem ser instalados em vias federais porque a legislação não permite. À época da inauguração da terceira faixa da Via Expressa nem o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, sabia disso, tanto que na abertura oficial prometeu os testes nos corredores. Atualmente o governo estadual ainda tenta convencer o federal a abrir exceção e fazer esses corredores na Grande Florianópolis. Enquanto isso, a exigência de Palhoça não pode ser cumprida.

    Próximos passos

    Após a readequação do projeto frente às demandas de Palhoça, será feito o detalhamento da operação com todos os municípios para definir como efetivamente o sistema vai funcionar. Após detalhamento da operação, deverão acontecer as assinaturas dos convênios de cooperação e dos contratos de programa com as prefeituras participantes. Por fim, será lançado o edital do processo licitatório do transporte coletivo metropolitano.

    Segundo a Casa Civil, responsável pela Suderf (Superintendência de Desenvolvimento da Região Metroplitana de Florianópolis), a previsão é de que, se as conversas com os municípios evoluírem bem, até o final desse primeiro semestre devem ocorrer as assinaturas.

    Benefícios

    Entre as principais vantagens do novo modelo estão a gestão associada do sistema de transporte coletivo entre governo do estado e municípios, a reorganização dos itinerários evitando sobreposição de linhas, e a possibilidade de deslocamentos diretos na região continental sem necessidade de entrar na ilha, o que traria benefícios para o usuário e para a mobilidade urbana.

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