Superlotação motiva processo de perda de concessão da Jotur

    passageiros com máscaras aglomerados em pé em ônibus da jotur - procon pede perda da concessão
    Denúncias de aglomeração de passageiros no transporte coletivo motivam abertura de processo para perda da concessão – Procon/Reprodução/CSC

    Denúncias de superlotação dos ônibus registradas no Procon estadual se converteram nesta semana em um processo do órgão para cancelamento da concessão da empresa no transporte público da Grande Florianópolis.

    Segundo o Procon, são inúmeras as denúncias de consumidores por conta da superlotação das linhas de ônibus, além de que a empresa já havia recebido dois autos de infração anteriormente. Assim, foi aberto processo administrativo para revogar a concessão.

    Os veículos da frota disponibilizados pela empresa são alvos de reclamações constantes no atual cenário de pandemia da Covid-19 porque não permitem um distanciamento mínimo. Em março deste ano, Ministério Público de SC e Procon realizaram uma reunião com responsáveis pelas empresas de ônibus, a partir de denúncias de passageiros de que os coletivos circulavam acima da capacidade, com filas de espera extensas, sem respeitar o distanciamento. Na ocasião, a empresa de transporte coletivo se comprometeu a ampliar a quantidade de veículos e horários.

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    Recentemente o Procon voltou a receber imagens de passageiros aglomerados em pé em ônibus da Jotur, sem ventilação, com o pedido de de perda de concessão, que foi atendido, abrindo-se assim o processo.

    “Recebemos imagens de passageiros em pé nos ônibus, aglomerados, sem a ventilação necessária para não colocar em risco a saúde das pessoas. Não podemos compactuar com este tipo de ação, que coloca, mais uma vez, o consumidor como a parte mais vulnerável da relação”, ressalta o diretor do Procon, Tiago Silva.

    A empresa tem dez dias para se manifestar e mostrar se está procurando resolver o problema. No início de setembro a Jotur anunciou que está em recuperação judicial para tentar pagar dívidas que somam R$ 41 milhões.

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