Com fim do serviço de compartilhamento, bicicletas vão pro lixo

garra mecânica de caminhão pega diversas bicicletas colocadas lado a lado em área ao ar livre
Divulgação/CSC

Após o anúncio de que não vai mais operar em 14 cidades brasileiras, incluindo Florianópolis e São José, a Grow – junção da Grin Scooters com Yellow Bikes – começa a dar o destino final para as bicicletas compartilhadas: o lixo.

Nessa semana foram flagrados caminhões munck com garra sucateira recolhendo as bicicletas do galpão onde eram guardadas, no bairro Capoeiras, em Florianópolis, colocando-as na caçamba de lixo. Havia bicicletas em bom estado e muitas outras com pequenos defeitos, que precisavam de reparos para poder rodar ou serem doadas.

A empresa havia anunciado inicialmente que iria descontinuar apenas o serviço de compartilhamento dos patinetes e que as bicicletas iram passar por um período de manutenção nas 14 cidades. Já os patinetes foram transferidos para o Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, onde o serviço não foi cancelado.

Divulgação/CSC
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Segundo ex-funcionários da companhia em Florianópolis, era frequente a depredação dos equipamentos, o que gerava grande despesa para a operação. Alguns relatam que o envio para o lixo ou ferro-velho foi uma forma de diminuir o impacto financeiro do fim do serviço na Grande Florianópolis.

Nas redes sociais, ex-usuários das bicicletas e dos patinetes também relatam que ainda não conseguiram reaver os créditos que tinham pago previamente no aplicativo da Grow para uso dos meios de transporte. A orientação é que mandem mensagem de reembolso à companhia.

Contraponto

Em nota, a Grow afima que segue a Política Nacional de Resíduos Sólidos e que esses equipamentos estão sendo reciclados por não estarem em condições adequadas de uso, o que poderia oferecer risco para usuários.

A Grow esclarece que as bicicletas foram retiradas das ruas de Florianópolis e São José em 22 de janeiro. Elas estão temporariamente fora de circulação e ainda não há previsão para o retorno do serviço. As bikes foram recolhidas das ruas para que sejam submetidas a um processo de checagem e verificação das condições de operação e segurança. Em seguida, os equipamentos tiveram três destinações: doação, manutenção ou reciclagem. A Associação Vivendo e Aprendendo, da capital catarinense, recebeu doações de equipamentos em boas condições. A empresa atua de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A PNRS prevê o conceito da logística reversa, ou seja o reaproveitamento ou descarte apropriado de materiais, com foco na preservação ambiental”.

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