O Concurso Nacional Unificado, previsto para ocorrer em todo o país neste domingo (5/5), foi adiado pelo governo federal em decorrência do desastre causado pelas fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul nos últimos dias.
A decisão de adiamento foi tomada após intensos debates internos no governo, inicialmente anunciou-se a realização das provas em todo o país conforme programado, porém, diante da gravidade da situação e da pressão política, a administração federal optou pela suspensão em todo o território nacional.
O estado mais afetado pelas chuvas, o Rio Grande do Sul, possui 86 mil inscritos no Concurso Unificado, distribuídos em 10 cidades que estavam programadas para sediar as provas.
O Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimente, afirmou que algumas das cidades não estão em áreas de emergência e não possuem impedimentos de acesso. Dos 86 mil inscritos no estado, 21 mil estão fora das cidades onde as provas seriam realizadas, enquanto 6 mil estão em municípios em situação de emergência ou com dificuldade de acesso às cidades de realização das provas.
Em coletiva de imprensa às 15h20, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, pasta responsável pelo “Enem dos concursos”, lamentou as perdas humanas e explicou a decisão do governo.
“As forças de segurança estão focadas no atendimento da região”, disse a ministra, que argumentou sobre o projeto do certame, que é democratizar o acesso: “A ideia do concurso era uma inclusão de muitos brasileiros, foi o que nos pautou. Até ontem nosso grande objetivo era garantir toda a logística da prova; a gente tinha quase 2,5 milhões de pessoas envolvidas na aplicação do concurso”. Ela lembrou que Santa Catarina também foi afetada.
Ela declarou que, por ora, não há uma nova data para a realização do concurso.
Segundo o boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgado na manhã desta sexta-feira, o desastre das chuvas resultou em 39 mortes, 74 pessoas desaparecidas e 56 feridas em todo o estado, além de impactar cerca de 352 mil pessoas, com 17 mil desalojadas. Um total de 235 municípios foram afetados.
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