Em média, mulheres têm salário 26% menor do que homens em SC

    mulher trabalhando no notebook com xícara de café ao lado
    Divulgação/CSC

    O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) lançou nessa semana dados a respeito da inserção das mulheres no mercado de trabalho em SC. O levantamento é referente ao quarto trimestre de 2019.

    A taxa de desocupação das mulheres no estado é de 6,3%, enquanto que a dos homens é 4,5%. No trabalho formal, 61,3% das mulheres têm carteira assinada. A diferença salarial média entre homens e mulheres em Santa Catarina é de 26% (a menos para a população feminina). O rendimento médio mensal é R$ 2.092,00 para as mulheres, enquanto que os homens recebem R$ 2.835,00, em média em SC. A proporção de mulheres ocupadas que não contribuem com a Previdência Social é de 19,7%.

    Em todos os estados do Brasil, os dados levantados pelo Dieese mostram que as mulheres têm menos valorização. O rendimento mensal médio das mulheres foi 22% menor do que o dos homens: R$ 1.958,00 contra R$ 2.495,00. Se ocupam o mesmo cargo, também recebem menos. A cada 10 diretores e gerentes, 4 eram mulheres, mas o rendimento delas foi 29% menor. Em média, eles ganharam R$ 40,00 por hora, enquanto elas receberam R$ 29,00.

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    Os afazeres domésticos e a falta de creches também são pontos que prejudicam mais as mulheres. No Brasil, as mulheres gastaram 95% mais tempo em afazeres domésticos do que os homens. Em média, foram 541 horas a mais por ano, equivalente a 68 dias (considerando uma jornada de 8 horas/dia). Das mulheres com filhos na creche, 67% tinham trabalho remunerado. Já entre as mulheres cujos filhos não tiveram acesso à creche, somente 41% estavam trabalhando.

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