Fraude de meio bilhão com falsa mineração de esmeraldas é interrompida pela PF

Três pessoas foram presas; vítimas podem chegar até 25 mil

Operação
Operação "Lanterna Verde" foi atrás de estelionatários e diversos bens, apreendendo barras de ouro e avião - Fotos: PF/Divulgação/CSC

Nesta terça-feira (5/9), a Polícia Federal lançou a Operação Lanterna Verde, para desmantelar um grupo de estelionatários baseado em Balneário Camboriú, envolvido em uma fraude de meio bilhão de reais relacionada à extração de esmeraldas (estimativa de 100 milhões de dólares de prejuízo, segundo as investigações).

Conforme a PF, a organização criminosa simulava operar como uma empresa legítima, atraindo investimentos de diferentes países através de depósitos em Bitcoin, prometendo altos lucros, mas que nunca eram entregues aos investidores.

A fraude envolveu a promoção enganosa da empresa, atraindo mais de 2.500 vítimas diretas de pelo menos 18 países. A polícia projeta que o número real de vítimas pode ser dez vezes maior.

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A investigação revelou que eram utilizados vídeos mostrando falsas funcionalidades da empresa, que incluía bancos digitais próprios. Para promover uma maior credibilidade ao falso investimento, os criminosos convidavam pessoas com destaque na mídia para viajarem pelo Brasil, onde participavam de eventos, recebiam prêmios e lhes eram apresentadas supostas áreas de mineração e lapidação de pedras preciosas.

Foram feitas três prisões preventivas e onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias cidades catarinenses, assim como bloqueio e sequestro de bens dos envolvidos. Além das prisões, outras cinco pessoas foram indiciadas por crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional e à economia popular.

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