O governador Carlos Moisés envia à Assembleia Legislativa (Alesc), nesta quarta-feira (1/9), o projeto de lei que autoriza a doação de mais R$ 115 milhões dos cofres catarinenses para o governo federal utilizar em rodovias federais. Ele já havia sinalizado a intenção de colocar mais dinheiro à disposição em audiência pública no Senado, em 17 de agosto, para tentar acelerar as obras. Se aprovado, o valor se soma aos R$ 350 milhões já autorizados pela Alesc em abril, mas, até o momento sem aval concreto do governo federal , após meses de tentativas de articulação catarinense para viabilizar o investimento.
O novo aporte estadual pretende destinar R$ 100 milhões para os lotes 3 e 4 da duplicação da BR-470, no Vale do Itajaí, e R$ 15 milhões para a finalização da BR-285 até a divisa com o Rio Grande do Sul, na Serra da Rocinha, rodovia que não fazia parte da primeira inteção de doação. Ao total serão R$ 465 milhões dos cofres estaduais para as obras de responsabilidade do governo federal, divididos em: R$ 300 milhões para a BR-470, R$ 100 milhões para a recuperação da BR-163, no Oeste, R$ 50 milhões para a duplicação da BR-280 e R$ 15 milhões para a BR-285.
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A proposta do governador ocorreu em audiência pública da comissão de serviços de infraestrutura do Senado, junto a comitiva com políticos catarinenses. Na ocasião, eles destacaram as condições das rodovias federais e importância da doação. O presidente da Alesc, deputado estadual Mauro de Nadal, ressaltou as centenas de vidas perdidas na BR-470 nos últimos anos por conta das más condições de trafegabilidade. Já sobre a BR-163, Nadal salientou o estado de conservação do pavimento, considerando que “essa é hoje a pior rodovia do estado”.
Por ano, SC arrecada R$ 70 bilhões para a união, tendo como retorno apenas R$ 8 bilhões, como apresentou o senador Dario Berger na comissão. Ainda no encontro, Moisés destacou a intenção de assinar um convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para o investimento ainda em agosto. Até esta terça-feira (31/8) não havia retorno sobre a celebração do convênio.
Por Ana Ritti – redacao@correiosc.com.br
