Governo diz que localizou R$ 31,8 milhões da compra fraudulenta dos 200 respiradores

Dos R$ 33 milhões gastos com a Veigamed, 96,6% do valor estão bloqueados judicialmente

Carlos Moisés não quer deixar ponta solta para a eleição de 2022. E uma delas é a compra fraudulenta feita por sua gestão de 200 respiradores com a empresa de fachada Veigamed, na qual foram pagos antecipadamente R$ 33 milhões pelos aparelhos de baixa qualidade, que nunca chegaram.

Depois de ter sobrevivido ao segundo processo de impeachment por conta dessa compra escandalosa, o assunto estava publicamente sem holofotes, enquanto a PGR procurava dar respostas concretas ao questionamento geral “cadê os 33?”, em referência ao valor pago. Desse dinheiro, cerca de R$ 14 milhões já haviam sido identificados e bloqueados no ano passado, restando localizar R$ 19 milhões do erário.

Agora, o governo afirma que conseguiu pedir o bloqueio judicial de 96,6% da verba pública injetada nessa operação e até fez um site específico para isso, elencando todo o trabalho envolvido para a recuperação, lançado nesta segunda-feira (16/8).

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“É um assunto muito importante para os catarinenses e para o governo também. Por isso criamos este canal de comunicação para que o cidadão saiba exatamente o que está sendo realizado”, disse o governador à assessoria de imprensa. “É importante, de uma vez por todas, acabar com as informações inverídicas e o jogo político que existe sobre o caso”, conclui Moisés seu posicionamento.

E cadê os 33?

O site elenca que mais de R$ 14,2 milhões foram recuperados e estão depositados em juízo. Outros R$ 6,6 milhões são referentes a imóveis dos envolvidos bloqueados pela Justiça, a pedido do Estado. Há mais R$ 1 milhão em bloqueio de imóveis solicitado pelo Estado e pendente de decisão judicial. Outros R$ 10 milhões estão sendo cobrados em ação contra a empresa importadora envolvida na negociação.

Segundo o governo, a publicação da página ocorre só agora porque as ações e investigações estão avançadas e não há mais risco de prejuízo aos trabalhos.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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