Grande Florianópolis estaciona em 1,2 mil casos ativos de coronavírus

    Redução nos últimos meses foi principalmente de casos graves, mas transmissibilidade ainda é alta

    Há dois meses os casos ativos de coronavírus na Grande Florianópolis estão “estacionados” na casa de 1,2 mil a 1,3 mil pessoas com a infecção pelo vírus. Com a campanha de vacinação avançada, a imunização fez o esperado: reduziu drasticamente as formas mais graves da Covid-19 e as mortes.

    A contração do vírus, porém, não tem a mesma tendência de queda, o que mostra que cuidados são necessários para se evitar a proliferação do patógeno, uma vez que as vacinas não evitam o contágio. Até essa segunda-feira (18/10), a região da Grande Florianópolis tinha 1.294 casos ativos confirmados pelo estado, uma proporção de cerca de 104 por 100 mil habitantes. Em 18 de setembro eram 1.349 casos ativos (108 por 100 mil hab.) e, um mês antes, 1.312 (107 por 100 mil hab.).

    Declínio ao longo do semestre

    No geral, ao longo dos últimos seis meses, há um leve declínio constante em direção a menos casos. Desde abril, com a passagem do pior momento da pandemia, os casos estão caindo diante da imunidade generalizada alcançada com o programa de vacinação. Aquele mês encerrou com aproximadamente 2 mil casos ativos na região dos 22 municípios da capital. A queda leve e constante de pessoas com o vírus ativo se reflete ainda mais na ocupação dos hospitais, que tiveram inclusive redução de leitos de UTI ativos: atualmente há uma ocupação de 81% dos 253 leitos ativos da Grande Florianópolis, sendo 47 por pessoas com Covid.

    Curva histórica de casos ativos (infectantes) na Grande Florianópolis ao longo da pandemia de coronavírus - SES/Divulgação/CSC
    Curva histórica de casos ativos (infectantes) na Grande Florianópolis ao longo da pandemia de coronavírus – SES/Divulgação/CSC
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    A região, que continua classificada no nível de risco alto ao coronavírus, soma 2.673 mortes por Covid entre os 195.313 casos confirmados desde o início da pandemia, o que resulta em uma letalidade média de 1,36% para a doença pulmonar. Foram 105 óbitos por Covid nos últimos dois meses na Grande Florianópolis.

    Ainda em relação à matriz o “puxador de média” para que a região da Grande Florianópolis se mantenha em patamar de risco alto é a transmissibilidade. Na última atualização dos parâmetros, a transmissibilidade foi classificada em 3,5 para a Grande Florianópolis; com a redução de leitos ativos também houve a capacidade de atenção das UTIs do SUS na faixa laranja; monitoramento de casos e gravidade tiveram índices de menor risco.

    No cenário estadual atualmente são 5.768 pessoas que permanecem em acompanhamento, como casos ativos, e um total de 19.500 óbitos causados pelo coronavírus até essa segunda-feira, com uma taxa de letalidade estadual em 1,62%.

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    Vacinação: 56%

    Nesta terça, a prefeituras focam em vacinação de reforço, uma vez que estão sem estoque de vacinas da Pfizer para continuidade de imunização dos adolescentes entre 12 e 17 anos. O painel de vacinômetro do governo do estado aponta que a Grande Florianópolis tem cerca de 56% de toda a população com o esquema vacinal completo.

    Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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