Hospital Regional de São José reduz filas nas emergências

    Projeto “Lean nas Emergências” reduziu a superlotação nas portas de entrada dos serviços de saúde de urgência e emergência do SUS

    Vista externa e distante da fachada e parte superior do hospital, onde se lê o nome na parte mais alta do prédio, com árvores na frente e atrás
    Foto: Lucas Cervenka/CSC

    O Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes está conquistando resultados positivos para reduzir a superlotação e melhorar o atendimento aos pacientes no setor de emergência. A unidade, vinculada à administração direta da Secretaria de Estado da Saúde (SES), é uma das seis do país a participar de programa piloto do Ministério da Saúde (MS), implementado pelo Hospital Sírio-Libanês.

    Chamado de “Lean nas Emergências”, o projeto integra o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) que visa promover melhorias no atendimento hospitalar para os usuários do sistema público de saúde. O Lean, que inicialmente era um sistema adotado pela empresa Toyota para administrar a produção industrial, trabalha para melhorar processos com base no tempo, assegurando fluxos contínuos e eliminando desperdícios e atividades de baixo valor agregado.

    Resultados

    Segundo a SES, o Hospital Regional registrou aumento de 80% no número de cirurgias no primeiro quadrimestre deste ano. De janeiro a maio foram realizados 8.161 procedimentos cirúrgicos na unidade. “O projeto Lean de excelência no atendimento das emergências, implantado no Regional teve dois grandes impactos: a agilidade no atendimento da porta, com o aumento do número de profissionais nos momentos de aumento da demanda, e a identificação do ponto de saturação do atendimento, com o desencadeamento do plano de contingência para mobilizar toda a estrutura e acomodar melhor os pacientes, principalmente os internados fora de leito”, explica o diretor da unidade, Valdir Ferreira.

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    O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, afirma que o Projeto “Lean nas Emergências” reduziu a superlotação nas portas de entrada dos serviços de saúde de urgência e emergência do SUS. “Com certeza, todas essas ações trarão um atendimento mais resolutivo e com qualidade para os pacientes que utilizam os serviços do SUS”, exemplifica o secretário Francisco Figueiredo.

    Projeto Lean

    Além do Hospital Reginal de São José, participam do programa o Hospital Geral de Palmas (TO), HUGOL – Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (GO), Hospital Metropolitano Odilon Behrens (MG), Hospital Geral do Grajaú (SP) e Hospital de Messejana (CE). As unidades foram indicadas pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).

    Um dos indicadores utilizado para medir os resultados do projeto é o de superlotação, chamado de NEDOCS (sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência), que mensura quesitos como tempo de passagem de pacientes pelas urgências, permanência no hospital, tempo de alta, entre outros.

    A partir do sucesso obtido na fase piloto, o projeto será ampliado para outras 10 unidades do SUS. Participam da próxima etapa: Hospital Geral de Roraima (RR), Hospital da Cidade de Passo Fundo (RS), Hospital Universitário Estadual de Londrina (PR), Hospital de Clínicas de Uberlândia (MG), Hospital do Trabalhador (PR), Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (DF), Hospital Regional de Ceilândia (DF), Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (ES), Hospital Geral de Guarulhos (SP) e Santa Casa de São Paulo (SP). Ao todo, serão 100 unidades impactadas em três anos.

    Ao final de 2020, fim do triênio, a meta é chegar a 100 serviços de emergência com o Lean, mais de 450 profissionais treinados e 180 protocolos clínicos nos serviços de emergência implementados. O Ministério da Saúde ainda pretende implementar a metodologia Lean nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para melhorar a qualidade dos serviços de saúde, a acessibilidade e qualificação da atenção básica em cada território.

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