Mais de 400 mil pessoas tiveram de deixar suas casas no RS; 70 mil estão em abrigos

Ao menos outras 330 mil estão desalojadas

Voluntários em abrigo em Porto Alegre fornecem serviços de saúde às pessoas que tiveram que sair de casa - Foto: Cristine Rochol/PMPA

Os dados mais recentes da Defesa Civil do Rio Grande do Sul indicam que aproximadamente 70 mil pessoas estão temporariamente alojadas em abrigos devido às fortes chuvas que ocorrem no estado desde 29 de abril.

Além disso, mais de 330 mil pessoas estão desalojadas, número que dobrou de um dia para o outro. Com isso, mais de 400 mil pessoas tiveram que deixar suas casas por causa das enchentes.

Nos abrigos houve ainda casos de violência. Quatro homens foram detidos por acusações de abuso sexual contra adolescentes abrigadas por causa das chuvas. As prisões ocorreram em diferentes dias e locais na região metropolitana de Porto Alegre. As vítimas são menores de 18 anos, familiares dos suspeitos e já teriam sido alvo de abuso no ambiente doméstico.

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Cerca de 80% do estado recebeu fortes chuvas por causa do bloqueio atmosférico, com danos registrados em 435 municípios gaúchos. Esses números representam cerca de 17,6% da população total do estado.

Canoas inundada
Cidade de Canoas inundada – Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Até o momento, 113 mortes foram confirmadas, com 146 pessoas ainda desaparecidas. Os números de vítimas fatais, portanto, tendem a aumentar.

As equipes seguem buscando por corpos ou sobreviventes nas áreas impactadas.

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, por exemplo, continua sua atuação na região de Lajeado, com equipes realizando resgates e auxiliando nas operações de busca e resgate. Os recursos humanos e materiais enviados incluem 49 bombeiros militares, quatro cães de busca, além de veículos, embarcações, drones e equipamentos especializados. Até esta quinta (9) o CBM-SC resgatou 2.959 pessoas e 473 animais.

A Polícia Militar também está atuando na região, com uso de helicóptero, assim como a Polícia Civil catarinense, resultando em mais milhares de resgates. O CBM não conta com helicóptero no momento, pois o Arcanjo 1, baseado em Florianópolis, está baixado para manutenção e não tem data de retorno prevista.

Equipes de SC auxiliam nos resgates no Rio Grande do Sul
Equipes de SC auxiliam nos resgates no Rio Grande do Sul – Fotos: CBM/Divulgação/CSC
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