Contra prejuízos estimados inicialmente em mais de R$ 2 milhões apenas em Santa Catarina, a Operação Conta Limpa foi deflagrada nesta quarta-feira (7/2) pela Polícia Civil em colaboração com forças de São Paulo e Rio de Janeiro. A ação cumpre 35 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, abrangendo a Grande Florianópolis, Imbituba, Araranguá, São Paulo e Rio de Janeiro.
A investigação, segundo a PCSC, desvendou uma prática criminosa complexa, envolvendo a invasão de contas de clientes por meio de “Phishing”, quando os dados pessoais são “pescados” de forma ilegal. Os fraudadores, ao obterem acesso às contas por meio de dados pessoais obtidos ilicitamente, realizavam a venda de todos os “ativos em renda fixa” das vítimas. Os lucros eram transferidos para uma “conta laranja”, deixando as contas invadidas zeradas.
O modus operandi da fraude incluía a compra de opções a preços muito baixos, repassando para as contas fraudadas por valores maiores, resultando em prejuízos significativos para as cerca de 80 vítimas identificadas em território nacional. Considerando outros estados, o montante do prejuízo ultrapassa R$ 10 milhões.
Os responsáveis pela fraude demonstraram amplo conhecimento sobre o mercado de ativos, utilizando técnicas elaboradas, além de habilidades em informática e cibernética para invadir as contas. Não há, porém, nenhum mandado de prisão contra os ladrões.
Para a polícia catarinense, a operação é a primeira realizada em território nacional para apurar fraudes em contas de investimentos de ações e derivativos, contando com a participação de 90 policiais civis. As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos nos golpes.
