Polícia encontra pistas de quem matou jacarés em Florianópolis

Operação Caiman buscou provas do crime ambiental em residência em Camboriú

IGP conclui que jacarés em Florianópolis foram caçados
Dois jacarés de porte pequeno foram encontrados sem cabeça e caudas na margem de um córrego em Florianópolis - Divulgação/CSC

Na manhã desta quinta-feira (24/2), a Polícia Civil deflagrou a operação “Caiman”, visando coletar provas do crime de caça ilegal de jacarés da espécie Caiman latirostris, os chamados jacarés-do-papo-amarelo.

No início de novembro de 2021, dois animais foram encontrados mortos em um ponto do córrego que percorre o Parque do Manguezal do Itacorubi, nas proximidades do Shopping Villa Romana, em Florianópolis. Eles tinham cabeças e caudas cortadas por faca.

Durante as investigações foi apurado, através da perícia necroscópica realizada pela Polícia Científica, que a causa da morte dos animais se deu inequivocamente por ação humana criminosa. Antes da confirmação houve especulação sobre a causa ter relação com derramamento de óleo no local ou mesmo que os animais tivessem sido mortos por outro maior, uma vez que a Guarda Municipal flagrou em vídeo um jacaré levando as carcaças na boca. Segundo a PC, foi caça predatória mesmo.

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O inquérito policial ainda apura o crime de poluição, em razão de ter sido encontrado óleo diesel no córrego.

Jacarés podem ter morrido por intoxicação de óleo diesel
No domingo guarda flagrou cena em que jacaré leva carcaça de um dos animais mortos, que estava em área com aparente mancha de óleo diesel – GMF/Reprodução/CSC

Nesta quinta-feira, a Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma residência no bairro Monte Alegre, em Camboriú. No local foi apreendido um aparelho celular, e da possível testemunha, foi colhido seu depoimento.

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Com essas coletas, a polícia afirma que tem pistas de quem matou os jacarés. As investigações seguem a fim de se elucidar a responsabilidade criminal dos envolvidos, em proteção à fauna.

Os jacarés-do-papo-amarelo, comuns no mangue do Itacorubi, são espécies em ameaça de extinção.

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