Conforme balanço da Prefeitura de Florianópolis ainda na quarta-feira (6/9), o número de pessoas atingidas pelo rompimento do reservatório da Casan chegou a 386. A quantidade é mais do que o dobro daquelas que passaram por impacto similiar no rompimento da lagoa de evapoinfiltração em janeiro de 2021, na Lagoa da Conceição, também na capital. Naquele incidente foram cerca de 150 pessoas impactadas e indenizadas.
A indenização para pessoa atingida ainda dependerá da abertura de um edital por parte de Casan com essa finalidade, o que pode ser motivo de conflito. No incidente da lagoa as indenizações só contemplaram valor maior após atuação do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), com a exigência de pagamento de lucros cessantes e acompanhamento psicológico, por exemplo
O valor destinado a cada pessoa variou, embasado principalmente nos danos materiais e, ao total, as famílias na ilha foram indenizadas em cerca de R$10 milhões pela conpanhia de água e esgoto, na via administrativa. Algunas ainda processam a Casan judicialmente.
Proporcionalmente, então, é esperado que o prejuízo no Continente seja muito maior, podendo chegar à cifra três vezes mais cara, considerando o número de pessoas atingidas, maiores danos patrimoniais e inflação do período.
Ainda conforme a prefeitura, o trabalho de atendimento à comunidade do Sapé chegou a vistoriar 152 casas, das quais 8 precisaram ser interditadas por causa do abalo estrutural. As equipes do município e da Casan cadastraram 171 famílias para análise dos impactos; 13 dessas precisaram de abrigo em hotel.
Houve duas pessoas feridas e, ao longo do dia, foram servidas mais de 500 refeições no ponto de acolhimento – na Capela Rosa Mística, local onde também são encaminhados os donativos.
A enxurrada com o rompimento destruiu 30 veículos nas ruas abaixo do novo reservatório. Alguns foram arrastados pela correnteza e pararam embolados próximo ao parquinho da Rua José Luiz Vieira, ponto onde a vazão se concentrou.
