Vereadores pedem soluções às pessoas em situação de rua em São José

duas agentes com coletes de abordagem social ao lado de andarilho
PMSJ/Divulgação/CSC

“Reiteradamente é dito aqui na Tribuna sobre a situação dos moradores de rua, das pessoas que vivem nas calçadas, nas marquises, ao relento e trazendo prejuízos ao comércio”. Assim o vereador Sanderson de Jesus (MDB) iniciou sua fala acerca do tema que iria monopolizar o debate na Câmara Municipal de São José na sessão de quarta-feira (4/3).

O assunto ganhou repercussão, cabendo pedidos ao Executivo para realizar um trabalho contínuo voltando à Assistência Social especialmente em Campinas e Kobrasol. “Faço um apelo ao governo para que tenha uma agenda de segunda a segunda. Não dá mais pontualmente fazer agendas focadas em operações”, completou Sanderson de Jesus.

Outras sugestões foram dadas em Tribuna, tendo como exemplo ações realizadas em Florianópolis e até Londres. A capital inglesa foi citada pelo vereador Moacir da Silva (PSD). Segundo ele, o governo local deu renda mínima aos moradores em situação de rua, tirando 85% daquelas pessoas das ruas após quatro anos. “Quando essa Casa aprovou a lei da empresa acolhedora, era um embrião na tentativa de encaminhar para recuperação, formação e saúde daqueles que desejam. Isso o poder público tem que dar o suporte. Por outro lado, tem que fazer o diagnóstico, acompanhamento, uma série de ações”, completou.

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Já o vereador André Guesser (PDT) destacou a cidade vizinha, mencionando a política de a prefeitura florianopolitana pagar um salário mínimo a essas pessoas. “São José não tem um abrigo público e o programa que estão estabelecendo em Florianópolis, de pagar um salário mínimo por seis meses, não é especificamente por morador de rua, mas para aqueles que já estão no abrigo. Saindo de lá, recebe o benefício para incentivar que não volte para a rua”, citou.

Da mesma forma, o vereador Edilson Vieira (PSDB) deu sua sugestão. “O município tem que ser eficaz, constituir um centro de recuperação e lá ter cursos profissionalizantes para reintegrar essas pessoas à sociedade”, disse, tendo sua fala ratificada pelo vereador Caê Martins (PSD). “A cidade já teve a rota social, uma política transversal: assistência, segurança e saúde, acompanhando essas pessoas que estão em situação de rua. Em 2017, promovemos, nesta Casa, uma reunião pública e solicitamos que a Assistência Social sistematizasse a Rede Rua São José, envolvendo a sociedade civil com desenvolvimento e treinamento para amenizar essa situação desumana”, falou.

Por fim, o vereador Roinoldo Neckel (DEM) pediu ações da câmara para auxiliar na resolução do problema, destacando a presença de andarilhos não apenas em Campinas e Kobrasol, mas também no Roçado.

O presidente da Câmara de São José, Michel Schlemper (MDB), destacou o que pode ser feito nas próximas semanas: “Vou pegar a sugestão do vereador Roinoldo e oficiar a Comissão Permanente de Educação, Saúde e Assistência Social para que providencie esse encontro. Vamos aprofundar esse debate e assim dar os encaminhamentos, cuidando das atribuições da Câmara e do poder Executivo que é quem deve executar as políticas públicas”, finalizou.

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