Ano encerrou com 42% de casos de dengue a mais e 38 cidades em epidemia

    Números da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive) mostram que o ano de 2023 foi de alta nas infecções pelo vírus da dengue em Santa Catarina. Enquanto em 2022 foram 83 mil casos, no ano passado 119 mil pessoas foram confirmadas com algum tipo da doença, que matou 98 pacientes.

    A quantidade de focos do mosquito Aedes aegipty foi pouco maior, com 8% de crescimento, com mais da metade dos municípios catarinenses considerados infestados pelo inseto e 38 em situação de epidemia, quando a taxa de incidência é superior a 300 casos para cada 100 mil habitantes.

    Joinville liderou como a cidade com mais casos em número absoluto (44 mil), assim como em taxa de incidência. Florianópolis (21 mil), Palhoça (11 mil) e São José (7 mil) encabeçam também o ranking de municípios com mais habitantes infectados.

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    Até o relatório mais recente da Dive foram confirmadas 98 mortes pela doença em todo o estado, com a grande maioria das vítimas em idade adulta. Um dos pacientes fora desse perfil foi uma menina de 10 anos que morreu em abril em Barra Velha por causa da doença. Dois óbitos ainda estão em investigação em laboratório.

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    Além da dengue, o mosquito pode transmitir vírus da chikungunya e zika. A primeira teve 53 casos no ano passado, com alta de 112%, e em relação à segunda não houve registro.

    Como evitar criadouros

    recipientes de formação do aedes aegypti mostraUma mão segurando uma tampa de garrafa com água suja dentro
    Mosquitos podem se procriar em recipientes muito pequenos com água, como uma tampa – Divulgação/CSC

    A melhor estratégia de prevenção ainda é eliminar os locais de reprodução do mosquito, o que requer o esforço coletivo da população.

    – Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
    – Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
    – Mantenha lixeiras tampadas;
    – Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
    – Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
    – Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
    – Mantenha ralos fechados e desentupidos;
    – Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
    – Retire a água acumulada em lajes;
    – Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
    – Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
    – Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

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