Bloco dos Sujos reúne mais de 100 mil pessoas no Centro de Florianópolis

Ponto diferente nesse ano de retorno foi o horário para encerramento dos blocos

Bloco dos Sujos reúne 100 mil pessoas no Centro de Florianópolis
Um dos maiores blocos de carnaval do estado voltou a reunir milhares no centro da capital após 3 anos - Foto: Leonardo Sousa/PMF

Neste sábado (18), o Bloco dos Sujos tomou o Centro de Florianópolis ao reunir mais de 100 mil pessoas, em clima de muita festa e animação. A estimativa é da PMSC, a organização do bloco fala em 180 mil. A maior parte da multidão ficou concentrada entre a Avenida Paulo Fontes e a Praça XV, se espalhando pelas ruas do bairro em diferentes blocos.

A programação no palco principal durou 8h, com shows de Kevin o Chris e Grupo Clareou, além da apresentação do Grupo Apogeu.

O maior bloco de carnaval do estado transcorreu sem maiores problemas e a organização, em conjunto com as autoridades locais, tomou as medidas necessárias para garantir a segurança e a comodidade dos participantes.

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Como é típico de Carnaval, houve registros de furtos de celulares, falta de banheiros químicos ou limpeza desses e dificuldade com carros de aplicativos (motoristas cobrando muito mais caro do que o preço indicado) ou ônibus ao final – nesse domingo (19) há isenção na tarifa em Florianópolis.

Toque de recolher é polêmica

A Polícia Militar iniciou cedo a dispersão dos foliões das ruas centrais da capital. Antes da meia-noite já havia uma linha de homens e viaturas fazendo com que foliões não permanecessem no entorno da Av. Hercílio Luz.

A ação de retirada dos foliões das ruas de Florianópolis é vista por muitos como uma repressão desnecessária, por consideraram que a maior festa popular não deveria ter limite de horário. A promessa das forças de segurança municipal e estadual era fazer a dispersão apenas às 2h. para moradores do Centro, porém, a ação é positiva, uma vez que a madrugada pode ser silenciosa, restando as equipes de limpeza nas ruas.

Repressão em Santo Antônio

O bloco de Carnaval do bairro Santo Antônio de Lisboa, o terceiro maior de Florianópolis durante o Carnaval (apenas atrás do Berbigão do Boca, em número de participantes), reuniu cerca de 25 mil pessoas na sexta-feira (17) e segue com boa execução durante o fim de semana.

Porém, ao final do bloco, na sexta, houve um uso desmesurado da força por parte da Polícia Militar, fazendo a ação de dispersão às 3h, após o encerramento do bloco. Imagens que circulam na internet mostram policiais batendo com cassetetes em jovens e bombas de efeito moral e gás de pimenta sendo jogados em parte do público que permanecia no local.

De acordo com o comando do 21º batalhão da PM, responsável pela segurança no norte da ilha, o uso da força ocorreu após supostamente os policiais terem sido atacados com arremessos de objetos quando tentavam iniciar a dispersão dos foliões restantes. A PM afirma que um grupo “liderado por uma mulher”, aparentemente embriagados, se opôs aos militares e teria iniciado agressões. Os policiais então revidaram de forma violenta.

O bloco de Santo Antônio continua neste domingo, com apresentação das bandas Acústico Vegas (14h), Dazaranha (16h) e Zé Pereira (18h), com encerramento às 20h. No Centro ocorrem os shows de Pixote e Jammil nesse domingo, a partir das 13h, e nesta segunda (20) o evento Pop Day com show de Pocah.

+ Confira aqui a programação completa de blocos em Florianópolis
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Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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