Cirurgias eletivas são suspensas em clínicas e hospitais privados do estado

    Com aumento no número de internações e sob o risco de desabastecimento de medicamentos, as cirurgias eletivas ficam suspensas na rede privada até o próximo dia 31 em SC

    O governo de Santa Catarina determinou a suspensão das cirurgias eletivas de média e alta complexidade em clínicas e hospitais privados de todo o estado. A realização de procedimentos cirúrgicos de urgência permanecem autorizados. A medida ocorre pelo avanço da pandemia no estado. A Portaria foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (22/03) e vale até 31 de março. No final de fevereiro, as cirurgias eletivas já haviam sido suspensas na rede pública por 20 dias.

    No documento, a suspensão se refere a todos os procedimentos cirúrgicos realizados sob anestesia geral ou que demandem por uso de sedativos e anestésicos intravenosos no transoperatório ou que impliquem em reserva de leito de UTI. Santa Catarina tem nesta terça-feira (23/03) 374 pacientes da fila de espera por leitos de UTI. A medida não se aplica aos procedimentos de urgência ou de “tempo sensíveis”, que são aqueles que podem agravar o quadro do paciente em caso de adiamento.

    A suspensão das cirurgias eletivas em clínicas e hospitais privados de Santa Catarina ocorre pela situação de emergência em relação à Covid-19, em que há uma transmissão acelerada do vírus, aumento das internações hospitalares e elevada ocupação de leitos de UTI. Além disso, a Secretaria de Saúde aponta o risco de desabastecimento de medicamentos, uma vez que há dificuldade na aquisição, fornecimento e manutenção de estoques de medicamentos como sedativos, anestésicos intravenosos e bloqueadores neuromusculares.

    Situação do estado
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    Santa Catarina registra 767.652 casos confirmados, sendo 31.928 ativos, e 9.651 óbitos pela Covid-19, de acordo com o boletim da Secretaria de Saúde desta segunda-feira. A taxa de ocupação das UTIs é de 95,55%, com 980 pacientes de Covid-19 e apenas 75 leitos disponíveis. Todas as regiões têm mais de 91% de ocupação, sendo o pior cenário no Vale do Itajaí com 100% dos leitos ocupados.

    Por Ana Ritti – redacao@correiosc.com.br

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