Cultivo de ostras e mexilhões na Barra do Aririú e na Ponta de Baixo está liberado

    gaiola de criação de moluscos de lado na água, meio submersa
    Governo tem programa para monitorar os cultivos de moluscos em Santa Catarina, mas poluição das águas ainda é um problema grave - Ricardo Wolffenbüttel / Secom SC/Divulgação/CSC

    Após 24 dias de interdição por excesso de coliformes fecais, a retirada e comercialização de ostras e mexilhões da Barra do Aririú, em Palhoça, e da Ponta de Baixo, em São José, estão liberadas.

    A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural mantinha os cultivos de moluscos dessas duas localidades interditados desde 15 de janeiro, devido à presença em excesso de bactéria que pode causar diarreia. Segundo a secretaria, o excesso de bactérias Escherichia coli foi decorrente da combinação de chuvas e do maior número de pessoas visitando o litoral catarinense.

    A liberação dos cultivos ocorreu após os resultados laboratoriais comprovarem que os moluscos podem ser consumidos em segurança, desde que passem por processo de depuração ou cozimento.

    Publicidade

    Os dois locais ficam no entorno da foz do Rio Imaruí, um curso d’água que atravessa São José e Palhoça e é considerado atualmente “morto” em grande parte. No Plano da Bacia do Rio Cubatão, a previsão inclusive é de que a poluição no Rio Imaruí, e consequentemente a água que chega na baía da Ponta de Baixo e Barra do Aririú, será cada vez maior, chegando a níveis altíssimos e quase irrecuperáveis na década de 2030.

    Monitoramento constante

    Santa Catarina é o único estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo de moluscos bivalves – ostras, mariscos, vieiras e mexilhões. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, dando garantia e segurança para produtores e consumidores.

    Publicidade