Fecam pede que máscaras em crianças nas escolas voltem a ser obrigatórias

Entidade municipal lembra que cobertura vacinal está baixa entre 5 e 11 anos

A Fecam (Federação Catarinense de Municípios), junto às entidades que compõem o Centro de Operações em Emergência em Saúde, publicaram manifesto nesta segunda-feira (7/3) pelo uso obrigatório de máscaras nas escolas.

O documento apresenta o posicionamento de manter uso de máscaras em crianças enquanto não houver cobertura vacinal suficiente na população infantil e adolescentes.

“Apesar da ansiedade da população em abandonar essa medida sanitária preventiva, há coberturas vacinais insuficientes para que o registro de casos de covid-19 não volte a aumentar rapidamente.  Ainda não se sabe o impacto que o carnaval pode ter gerado na transmissão de casos, a cobertura vacinal entre as crianças ainda é baixa em primeira dose, e poucas delas já tem o esquema completo, além da percebida resistência de diversos pais em vacinar seus filhos, em decorrência de desinformação científica e posicionamentos negacionistas de parte da sociedade”, diz a Fecam.

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As entidades ainda afirmam que o novo decreto é “incoerente” com o risco apontado pelo mapa de risco à covid atualizado no último sábado (5/3).

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“Normativas e orientações contraditórias dificultam o entendimento e prática de vigilância pelos profissionais e clareza da sociedade sobre a real situação da pandemia”, diz o documento.

O manifesto ainda lembra que houve um aumento de 1.209% nos casos de Covid-19 confirmados e de 1.433% de internações em leitos de UTI em crianças de 0 a 11 anos nos últimos dois meses.

“Essas decisões impactam diretamente na organização do trabalho e na vida das pessoas, restando às pessoas e entidades responsáveis pela saúde dos catarinenses o manejo de tal contrariedade”.

Cobertura vacinal

Segundo dados da Dive-SC, cerca de 30,5% das crianças de 5 a 11 anos em Santa Catarina tomaram a primeira dose de vacina contra coronavírus até agora. Algumas cidades, como na região da Grande Florianópolis, os índices estão mais adiantados. Já os adolescentes (12 a 17 anos) têm cobertura de 89% no estado.

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