Justiça declara ilegal a greve dos servidores da educação de São José

Paralisação ocorreria nesta segunda (1), dia do retorno às aulas presenciais no município

em protesto de greve, mulher simula aplicação de vacina no braço de outra mulher; ela usa uma agulha gigante de cartolina; a outra segura um cartaz escrito
Alguns servidores fizeram ato na semana passada para pedir vacinação à categoria; decisão do TJSC matém o retorno às aulas - Sintram-SJ/Divulgação/CSC

Prevista para iniciar nesta segunda-feira (1º/3), dia do retorno das aulas presenciais em São José, a paralisação dos servidores municipais de educação foi declarada ilegal pela justiça nesse sábado (27/2).

O juiz Hélio do Valle Pereira ponderou em sua decisão que é correto alguém querer o distanciamento social e que os professores devem ser valorizados, mas “não há como meramente impedir o retorno às aulas”. Assim, a decisão é de que o Sintram-SJ (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de São José) não dê seguimento à greve, sob multa diária de R$ 100 mil. Pereira também autorizou o corte de salário proporcional caso algum servidor faça greve e demissão para os casos de ACT.

Assim, o retorno às aulas está mantido nesta segunda-feira (1/3) em São José. O Sintram irá reunir o comando de greve às 9h para discutir a situação e uma assembleia da categoria está marcada para às 15h.

Movimento pela vacina
Publicidade

O sindicato iniciou o movimento de greve na quarta-feira (24/2) para pressionar a prefeitura a vacinar os professores e demais profissionais de educação da rede municipal. Nos cálculos do sindicato são necessárias 5 mil doses para atender a categoria. O pleito não foi atendido. A prefeitura diz que nesse momento é impossível cumprir o pedido, já que segue as denifições de grupos prioritários do Ministério da Saúde e há poucas doses chegando à cidade, destinadas agora aos idosos.

De acordo com a presidente do Sintram, Jumeri Zanetti, a greve é porque na situação em que se encontra a pandemia é impossível garantir a segurança sanitária dos profissionais e das famílias. “Deveríamos estar em lockdown total por 14 dias para baixar as taxas de contaminação. Apelamos para que os pais não levem seus filhos e filhas para as escolas amanhã, não coloque a vida deles em risco”.

Já a prefeitura, através da assessoria de comunicação, contra-argumenta que as escolas municipais estão muito preparadas para o retorno, com ações definidas pela equipe de saúde e cuidadosamente aplicadas nas unidades de educação.

Decisão

decisão tjsc declara greve em são josé ilegal - despachodecisão tjsc declara greve em são josé ilegal - despachodecisão tjsc declara greve em são josé ilegal - despacho

decisão tjsc declara greve em são josé ilegal - despachoPor Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

Publicidade