Menos empregos na região metropolitana

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A região metropolitana manteve, em março, saldo negativo na balança de empregos. Segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram 642 vagas de emprego perdidas, contrariando, localmente, o discurso do governo federal, que insiste que a recuperação da economia estaria gerando novos postos de trabalho.

Enquanto São José, Palhoça e Biguaçu apresentam ligeiro crescimento no volume de vagas, Florianópolis puxa para baixo a estatística, por conta dos espaços de trabalho encerrados com o fim da temporada de verão.

Menos empregos II

Em números absolutos, em março, Florianópolis fechou 1.032 vagas, enquanto São José abriu 242, Palhoça 56 e Biguaçu 50. Argumentar que, por ter parte significativa de sua economia voltada ao turismo, seria normal que Florianópolis tivesse essa queda, não é uma explicação convincente: nos últimos 12 meses a capital apresenta queda no volume de empregos. Entre março de 2017 e março de 2018 Florianópolis abriu 84.843 espaços de trabalho, mas fechou 86.888, resultando num saldo negativo de 2.045 vagas. No mesmo período, Palhoça conquistou 153 novas vagas e Biguaçu 66. O quadro só não é ainda mais sinistro porque São José, salvando a pátria, abriu 3.081 empregos. Em 12 meses, a cidade abriu 50.292 vagas e fechou somente 47.211.

Organizações Sociais
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A novela sobre a contratação de Organizações Sociais para a gestão de UPAs e escolas infantis em Florianópolis não foi bem resolvida com a aprovação do projeto pelos vereadores. A autorização para a prefeitura tocar a ideia adiante foi dada sábado (21/4).

Os servidores municipais, indignados, bateram o pé e mantiveram greve em repúdio, durante a semana. O assunto até vai esfriar, no decorrer dos dias que passam, mas podem apostar, estará vivo durante as eleições em 2018. E nas eleições de 2020, pode custar ao prefeito seus eventuais planos para reeleição.

Organizações Sociais II

Do outro lado do balcão, a população sofre com o atendimento deficitário e aguarda, já com pouca paciência, uma solução para o impasse. Prédios e equipamentos de saúde e creches estão prontos, aguardando quem lhes abra as portas. Só a UPA Continente, para dar um exemplo, está pronta há cinco anos e continua fechada por falta de servidores. O prédio é alvo constante de vandalismo. Já teve que ser reformado duas vezes. Enquanto isso, a fila nos hospitais públicos só cresce.

Organizações Sociais III

É preciso ter em mente, entretanto, que a contratação de OS para atender a população tem que ser algo provisório. Não permanente. Terceirizar serviços públicos é como usar medicamentos genéricos para tratar problemas graves de saúde: pode até funcionar como paliativo, mas dificilmente terá o mesmo resultado que a solução ideal, que seria reduzir gastos públicos para promover sobra de recursos para contratação de profissionais qualificados de forma efetiva.

Creches

Na capital, onde o problema está fervendo, faltam 1.300 vagas em creches. Somando a São José e Palhoça, são 9.500 crianças fora da escola infantil.

vista do prédio verde em construção de cima de um barranco e um bairro ao fundo
Obra da Creche da Vila Aparecida fica pronta neste primeiro semestre de 2018 e deve receber profissionais pelo programa de OS – Foto: PMF/Divulgação
Solução possível

Dá para entender as ressalvas que os servidores públicos têm em relação à contratação de terceirizados para exercer o atendimento à população. Porém, diante do caos nas contas públicas e da impossibilidade de manter um mínimo de qualidade com o quadro do jeito que está, sou obrigado a concordar com os prefeitos. Se o único caminho possível é driblar a lei e contratar funcionários através de entidades que os terceirizam, que assim seja. O bem-estar do povo deve, sempre, vir primeiro.

Espíritas na praça

Recebi o convite e repasso aos leitores: Neste sábado, 28 de abril, o Centro Espirita Mensageiros da Luz de Forquilhinhas (São José) estará realizando o evento “Espiritismo na Praça”, com rodas de conversa, exposição de artesanato, músicas, livros e outras atividades destinadas à divulgação da doutrina e atividades do grupo. A iniciativa acontece na Praça Adriano Farias, a partir das 13h.

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