Mulher denuncia ter sido estuprada em beach club de Jurerê

mariana ferrer foi estuprada em beach club de florianópolis - foto arquivo pessoal
A influenciadora Mariana Ferrer denuncia que foi estuprada no Café de la Musique em dezembro e que cinco meses depois a investigação policial não andou - Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/CSC

A influenciadora de moda Mariana Ferrer (22) denuncia que foi estuprada no Café de la Musique, um beach club de Jurerê, em Florianópolis, em 15 de dezembro de 2018 e que até agora, cinco meses depois, a investigação policial não teve nenhum efeito.

Ela utilizou sua conta pessoal no Instagram nesta segunda-feira (20/5) para mostrar evidências do crime, como a roupa que usava com manchas de sangue e laudos periciais, que atestaram o estupro.

Em um longo relato, Mariana diz que na ocasião estava trabalhando como embaixadora da festa e que tomou apenas uma dose de gin, que pegou direto de um dos bares do local. Ela foi então dopada e levada para um lugar reservado, denominado de “matadouro”, onde foi estuprada. “A investigação da polícia descobriu se tratar de uma área privativa que só tem acesso quem paga muito ou os proprietários”, escreve a mulher, que também revela que teve sua virgindade roubada.

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Após o crime, ela relata que estava desorientada e que tentou contato com algumas amigas, que não lhe responderam. Depois, já em casa, sua mãe constatou que algo grave havia acontecido. “Minha mãe ao ver meu estado, tirou minhas roupas e se deparou com a pior cena da vida dela, minhas roupas estavam cheias de sangue e odor forte de esperma”.

Críticas ao inquérito policial

Marina também faz no relato duras críticas à Polícia Civil, que após cinco meses do crime não avançou com o inquérito. “Em contra partida, vejo a polícia civil empenhada em proteger apenas o criminoso e o local do crime por se tratar de pessoas ‘poder e dinheiro'”, diz um trecho. “Depois que descobriram quem é o estuprador e o local do crime, o tratamento comigo e com a minha família mudaram”.

Ela afirma que o primeiro delegado e o escrivão saíram do caso, e a delegada que assumiu saiu de férias por 30 dias e também que seus depoimentos foram deturpados e os laudos periciais manipulados.

“Estou horrorizada com a justiça de Florianópolis e em como eles se empenham em encobrir crimes e passar uma falsa imagem de cidade”, escreve Mariana.

A postagem teve mais de 400 mil curtidas e diversas mensagens de apoio à Mariana.

roupas que mariana usava quando foi estuprada em beach club florianópolis - foto arquivo pessoal
Mariana Ferrer mostrou roupas e uma solicitação de exame em sua página no Instagram – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/CSC
Outro lado

O Café de la Musique emitiu nota afirmando que está colaborando com as investigações e que forneceu todas as provas e imagens necessárias à polícia.

A Polícia Civil fez uma coletiva de imprensa para explicar o inquérito, afirmando que não está protegendo nenhum suspeito e que o inquérito atrasou por questão de atraso em um laudo toxicológico, que depende de insumos importados.

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