A publicação no Twitter do governador Carlos Moisés, dizendo que “nenhum professor com curso superior e carga horária de 40 horas semanais deve ter remuneração inferior a R$ 5 mil“, na segunda-feira (14/6), anunciou o reajuste salarial da categoria, incluindo professores temporários (ACT).
O aumento no vencimento, porém, só deve ocorrer a partir de 2022, já que uma lei federal impede reajustes e contratações na pandemia. Atualmente, o piso inicial dos professores da rede estadual é de R$ 2.886,14 para os que trabalham 40 horas semanais.
O anúncio prévio não traz muitos detalhes e um grupo de trabalho na Secretaria de Estado da Administração ainda deve se reunir para detalhar o plano de carreira da categoria. O Correio questionou o governo sobre as possíveis mudanças, por exemplo, na porcentagem de contribuição da categoria para a previdência, ainda sem informações, assim como ainda não está definida se também haverá reajuste para os professores que atuam por menos de 40h ou se haverá diferença na remuneração de professores em início de carreira e dos que têm mais tempo de trabalho.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino de Santa Catarina (Sinte/SC) afirma em nota estar disposto a contribuir com uma proposta de plano de carreira e cobra a oficialização do anúncio de reajuste. “São mais de 5 anos que a categoria não tem reajuste salarial. Somamos uma defasagem no piso do magistério de 17% acumulado, agora Moisés, passados dois anos do seu mandato faz este anúncio e deixa expectativas na categoria”, diz o texto.
A rede estadual conta atualmente com 21.777 professores com regime de 40 horas (efetivos e ACTs).
