Servidores da Prefeitura de Florianópolis entram em greve

Prefeitura já ingressou na Justiça para pedir ilegalidade e atendimento mínimo

Prefeitura de Florianópolis
Prefeitura de Florianópolis - Lucas Cervenka/CSC

Mobilizados pelo Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis), servidores da Prefeitura de Florianópolis deflagrou greve nesta terça-feira (14/6) por tempo indeterminado.

Segundo o sindicato, a categoria quer do governo Topázio uma proposta que atenda os trabalhadores, com cláusulas que levem à redução da sobrecarga, à valorização salarial e ao bom atendimento do serviço público de Florianópolis. A oferta, afirmam, é de uma reposição salarial de 3%, ante os 12,4% registrados em 2021.

Os servidores municipais também pedem proposta de plano de carreira dos trabalhadores do quadro civil, valorização das auxiliares de sala, o pagamento dos pisos nacionais dos agentes comunitários de saúde ou a tabela do magistério.

O que diz a prefeitura

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A Prefeitura de Florianópolis afirma que, após reiteradas tentativas de negociação, já ingressou ação na justiça para pedir que a greve deflagrada pelo Sintrasem seja declarada ilegal ou que seja determinado um atendimento mínimo nos serviços municipais.

“Recebemos com surpresa o posicionamento do sindicato, já que as conversas estavam evoluídas e a proposta da prefeitura vinha buscando atingir ao máximo os pontos pleiteados. Lamentamos que o movimento grevista ocorra justamente em momento de conclusão do primeiro semestre letivo dos estudantes da rede municipal, após dois anos sem aulas presenciais, juntamente com a grande demanda nos centros de saúde por conta das doenças respiratórias. Infelizmente quem sai mais prejudicado é o cidadão”, disse o prefeito, Topázio Neto (Republicanos).

De acordo com o prefeito, a proposta feita ao Sintrasem contemplava especialmente os servidores com menores salários, já que elevaria em 30% o valor do vale-alimentação. A proposta global apresentada pela prefeitura ao sindicato chegaria a R$ 55 milhões de agora até janeiro.

“Somos sensíveis aos impactos da inflação sobre os salários e buscamos formas de minimizar as perdas. A prefeitura nunca deixou de atender os pleitos dos servidores, e vem cumprindo rigorosamente suas obrigações e pagando os salários em dia, inclusive durante toda a pandemia. É lamentável que esta postura do sindicato seja irredutível e prejudique diretamente a população. Contamos com a compreensão dos servidores para que mantenham suas atividades”, finalizou Topázio.

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