Justiça determina que grevistas em Florianópolis devem retornar ao trabalho

Prefeitura afirma que vai descontar salários e contratar mais terceirizadas para coleta de lixo

servidores municipais de florianópolis estão em greve
Servidores municipais de Florianópolis se manifestam contra privatizações na Comcap, pelo pagamento de piso do magistério e por mais profissionais de saúde - Sintrasem/Divulgação/CSC

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina entende que a greve dos servidores municipais de Florianópolis, iniciada nesta quarta-feira (9/2), é ilegal. Em decisão proferida na noite desta quinta-feira (10/2), a desembargadora Sonia Maria Schmitz determinou o imediato retorno de todos os servidores da Prefeitura de Florianópolis, bem como proibiu o sindicato de fazer tumulto ou constranger servidores para aderir ao movimento grevista. A multa no caso de descumprimento é de R$ 100 mil por dia.

Com a decisão, a Prefeitura de Florianópolis está autorizada a iniciar descontos salariais de quem não for trabalhar. A exemplo das outras paralisações recentes, a prefeitur afirma que vai contratar equipes terceirizadas para iniciar a coleta de lixo nesta sexta-feira os roteiros antes feitos pela Comcap. No Norte e no Continente, a coleta não foi afetada pois é de responsabilidade de empresa privada.

Já nas áreas de saúde e educação a prefeitura afirma que houve pouca adesão à paralisação, e grande parte dos serviços continuam normais. Os locais mais afetados são as escolas. O município estuda medidas de substituição dos servidores que não comparecerem.

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Segundo a prefeitura todos os servidores municipais estão com os salários em dia, tiveram seus reajustes conforme acordado no final de 2021 e, desde então, não houve mudança sobre seus vencimentos.

A paralisação no serviço público municipal foi iniciada na Comcap contra as privatizações na área. O sindicato também pede a volta das férias dos servidores da saúde, suspensas em janeiro por conta da alta demanda de pacientes, e o cumprimento do novo piso salarial dos professores. A prefeitura afirma que decretou o pagamento há 6 dias e que garante o piso para o próximo salário.

Nova reunião do movimento de greve está marcada para esta sexta-feira (11/2) para discutir o andamento da manifestação.

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