O plano estadual de vacinação à Covid-19 em Santa Catarina foi lançado nesta quarta-feira (16/12). O governo estadual anunciou o documento junto ao anúncio do Ministério da Saúde, para alinhar os planos. Como ainda não há vacina pronta, os prazos estão indefinidos.
Segundo o plano estadual, em consonância com o Governo Federal, a previsão é vacinar cerca de 2,8 milhões de pessoas em Santa Catarina, pertencente aos grupos prioritários, em um primeiro momento. As datas de janeiro e fevereiro para início de distribuição das doses não estão confirmadas.
Fases do plano de vacinação em Santa Catarina
A primeira fase consiste na imunização dos trabalhadores da saúde, idosos acima de 75 anos, pessoas com mais de 60 anos que moram em instituições de longa permanência e a população indígena. População estimada: 426.678 pessoas.
Na segunda fase, o foco serão as pessoas com idade entre 60 e 74 anos. População estimada: 844.644 pessoas.
A terceira fase vacinará os que apresentam comorbidades (diabetes, doença renal, doença respiratória crônica, câncer, hipertensão, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos que receberam transplante de órgãos, anemia falciforme e obesidade grave). População estimada: 1.365.028 pessoas.
Por fim, na quarta fase, serão professores, profissionais da Segurança Pública, do sistema prisional e de salvamento. População estimada: 166.289 pessoas.
Somados, esses grupos representam 2,8 milhões de pessoas.
Confira aqui o plano na íntegra.
Segundo o governador, Carlos Moisés, o restante da população catarinense será vacinada conforme os insumos forem sendo repassados pelo Governo Federal. Moisés diz que o estado tem realizado um trabalho nas últimas semanas para garantir que não haja problemas por conta da sobreposição do calendário de vacinas já existentes, como influenza e H1N1.
Plano nacional
O plano nacional prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, que receberão duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção. Serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.
Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de acordos, com gasto aproximado de R$ 20 bilhões. Até agora nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada. A maioria se encontra na fase 3 de desenvolvimento.
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, lembra que é atribuição do Governo Federal definir quais vacinas serão utilizadas no enfrentamento à Covid-19. “O que cabe aos Estados é tornar isso operacional. O Governo Federal nos manda as vacinas e a partir daí nós trazemos esse recurso de saúde pública para a população. É isso que estamos fazendo”, diz o secretário.
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