Na manhã desta terça-feira (13/2) foi deflagrada a terceira fase da Operação Mensageiro, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que visa apurar suspeitas de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Nessa fase, o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), foi preso preventivamente em seu apartamento, tornando-se o sétimo prefeito a ser preso desde o início das investigações.
Além de Ponticelli, o vice-prefeito de Tubarão, Caio Cesar Tokarski (União Brasil), também teve quatro endereços visitados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que coordena a operação, mas não foi encontrado. As ordens judiciais expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina estão sendo cumpridas no sul do estado e foram baseadas em depoimentos de testemunhas, investigados e nas provas coletadas na primeira fase da operação, em dezembro de 2021.
Ponticelli é um político é considerado influente na região Sul de Santa Catarina. Ele é prefeito reeleito de Tubarão, já foi deputado estadual por quatro mandatos e presidiu a Fecam. A prefeitura de Tubarão ainda não se manifestou sobre a prisão do prefeito.
Com essa terceira fase, a Operação Mensageiro já prendeu sete prefeitos em diversas regiões de Santa Catarina. Todos eles permanecem na cadeia. As prisões e buscas são parte de um grande esquema de corrupção no setor de limpeza urbana em contratos municipais, que envolvem diversas empresas que atuam na coleta e destinação de resíduos no estado. A operação é coordenada pelo Gaeco e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac) do MPSC.
Os demais prefeitos presos na Operação Mensageiro são Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava, Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva, Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul, Antônio Ceron (PSD), de Lages, Vicente Costa (PSL), de Capivari de Baixo e Marlon Neuber (PL), de Itapoá.
