Prefeituras oferecem ao governo estadual custear metade de novos leitos de UTI na Grande Florianópolis

    Municípios da região metropolitana querem o aumento na oferta de leitos pelo Estado e oferecem auxílio no custeio; prometem também unificar as decisões sobre isolamento social

    Prefeitos das quatro principais cidades da Grande Florianópolis se reuniram nesta quarta-feira (8/7) para definir ações em conjunto visando combater o aumento no contágio do coronavírus na região metropolitana.

    Uma das propostas das cidades de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu é ajudar o Governo do Estado, que é o responsável pelo atendimento hospitalar e regulação de leitos, na contratação de novos leitos de UTI.

    Mesmo não sendo responsáveis pela implantação de novas UTI, as prefeituras estão dispostas a entrar com metade do valor para que o estado abra novos leitos, mas exigem que eles sejam utilizados somente para moradores da região. Ainda não se sabe a quantidade de leitos novos de tratamento intensivo a serem abertos, nem o custo.

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    Além da contratação, o município de Biguaçu também colocou à disposição a estrutura do hospital da cidade para que seja realizada a ampliação de leitos.

    De acordo com os dados abertos do governo estadual, há, no momento, 237 leitos ativos de UTI na macrorregião da Grande Florianópolis, em 10 hospitais, que envolvem 22 municípios. De acordo com dados da prefeitura de Florianópolis, a ocupação geral dos leitos da cidade está acima de 94% nesta quarta-feira.

    dois leitos de uti do hospital de biguaçu vazios e organizados com todos equipamentos
    Hospital Regional de Biguaçu Helmuth Nass é oferecido pela prefeitura para abertura de novos leitos de UTI para atender pacientes da região metropolitana – Paulo Rodrigo Ferreira/PMB/Divulgação/CSC
    União de decisões

    Com a união das cidades, as vigilâncias em saúde vão trabalhar para adoção de protocolos iguais, como o de monitoramento dos casos confirmados por Covid-19.

    Os prefeitos observam uma dificuldade em conseguir manter todos os suspeitos e confirmados nas suas residências e avaliam que um sistema inteligente de telefonia pode auxiliar no serviço.

    Além disso, os prefeitos pedem ao Estado mais agilidade no resultado dos exames do Lacen, o que tem dificultado a possibilidade de saber a real situação da região da Grande Florianópolis.

    Os municípios dizem que não realizarão novas flexibilizações no isolamento social enquanto os casos se mantiverem subindo. Os órgãos de saúde de cada prefeitura vão se reunir para definir, nesta semana, o funcionamento dos serviços na região, mas pedem uma participação mais efetiva do Estado no sentido de determinar o que pode e o que não pode abrir, já que é o responsável pela regulação de leitos hospitalares e sabe qual a real capacidade de atendimento.

    As novas definições aconteceram em duas reuniões nesta quarta-feira: uma às 9h com o secretário de Estado de Saúde, André Mota, e os prefeitos Gean Loureiro, Adeliana Dal Pont, Ramon Wollinger, Camilo Martins e demais técnicos de saúde; e outra às 14h30 somente com os prefeitos e seus secretários.

    Uma nova reunião está marcada para sexta-feira de manhã com o secretário estadual para buscar novas definições em relação à ampliação dos leitos.

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