Presságio: Topázio ressalta importância de núcleo anticorrupção e que não tolera “quem estiver errado”

Dois secretários municipais e dois servidores da câmara são principais alvos da investigação

Por volta de meio-dia desta quinta-feira (18/1), o prefeito Topázio Neto foi aos canais de televisão de Florianópolis dar explicações e publicou em redes sociais contrapontos à Operação Presságio, que investiga o primeiro contrato de coleta de lixo terceirizado na cidade, firmado em 2021 com a empresa Amazon Fort. Segundo a Polícia Civil há indícios de irregularidade tanto na contratação, quanto na execução, o que culminou no inquérito envolvendo quatro funcionários – dois servidores, Ed Pereira e Fábio Braga, e dois comissionados da Câmara de Florianópolis.

Em entrevita ao canal NSC, Topázio Neto enfatizou a criação, no final de 2022, de um grupo anticorrupção dentro da prefeitura, em colaboração com a polícia civil e a Controladoria do município. O prefeito destacou que essa iniciativa visa revisar os processos internos e, se necessário, desencadear operações como a “Presságio”. Ele ressaltou que a operação foi uma surpresa para ele, já que não acompanha detalhadamente as discussões do grupo anticorrupção.

Topázio Neto, prefeito de Florianópolis
“Tiramos (empresa) porque realmente ela não funcionava”, afirmou prefeito em entrevista – Foto: Albano Aquino(fev.23) /CSC

Questionado sobre a citação de dois secretários, Ed Pereira e Fábio Braga, Topázio afirmou que a prefeitura ainda não recebeu o processo e, portanto, desconhece os detalhes levantados contra os secretários. “A gente vai tomar aquelas medidas que forem necessárias. Como eu falei, o meu compromisso é fazer o certo e corrigir o que está errado. O nosso núcleo anticorrupção existe para isso, para colaborar nas investigações e participar. De forma nenhuma eu vou passar a mão na cabeça do que tiver errado”.

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Sobre as informações divulgadas pela Polícia Civil, Topázio Neto abordou as alegações de contratações que antecederam uma greve, explicando que o nome “Presságio” faz referência à ideia de que as contratações já previam eventos futuros. Ele expressou a necessidade de entender o que o processo traz de novo e mencionou a possível recomendação de afastamento de alguns servidores, aguardando acesso ao processo para tomar decisões.

Ao ser questionado sobre o envolvimento de secretários de diferentes áreas, como meio ambiente e turismo, o prefeito esclareceu que o secretário de turismo, na época secretário de esporte, era responsável pela área onde ocorreu um possível crime ambiental durante uma greve da Comcap em 2021. Ele afirmou que a rescisão do contrato com a empresa Amazon Fort em 2022 ocorreu devido à má qualidade do serviço prestado, mas que o contrato era legal. O prefeito salientou que, naquela época, não havia conhecimento das irregularidades na contratação da empresa.

O prefeito terminou a entrevista enfatizando que a administração municipal está comprometida em fazer o correto e corrigir eventuais equívocos, respeitando os processos legais e colaborando com as investigações para que tudo seja esclarecido de forma transparente.

A Câmara de Florianópolis ainda não informou de qual gabinete são os dois servidores arrolados na investigação.

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