Em resposta a episódios de violência entre torcidas nos jogos do Campeonato Catarinense de Futebol, entidades organizadoras decidiram que em alguns jogos apenas uma torcida poderá comparecer ao estádio.

A medida foi confirmada em coletiva na tarde desta terça-feira (27/2) no Ministério Público de Santa Catarina, junto com representantes da PM e da Federação Catarinense de Futebol.

A decisão inédita em SC de torcida única valerá para os próximos dois clássicos em Florianópolis, além de restrição da venda de bebidas alcoólicas em garrafas de vidro.

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Também foram suspensas pelo prazo de cinco meses as torcidas organizadas Mancha Azul, do Avaí, e Gaviões Alvinegros, do Figueirense, e, ainda, pelo prazo de três meses para a torcida Força Independente, do Brusque.

O promotor de Justiça Wilson Paulo Oliveira Neto enfatizou a necessidade das ações preventivas, declarando: “Não podemos esperar que aconteça uma morte, não podemos permitir que alguém que vá se divertir com a família seja espancado por vestir a camisa de outro time”. Ele também revelou que a Polícia Civil iniciou um inquérito para identificar os envolvidos nos recentes conflitos, como no Orlando Scarpelli, por exemplo.

O Coronel Dante da Costa Chierighini, Comandante da 1ª Região da PMSC, alertou para a demanda crescente de contingente policial, destacando que a situação exige “verdadeiras operações de guerra” em eventos que deveriam ser de alegria. Ele ponderou sobre as medidas restritivas, afirmando: “São decisões e medidas que a Polícia Militar não deseja, mas estamos todos preocupados com os riscos de resultados ainda piores”.

Claudio Gomes, Secretário-Geral da FCF, lamentou a necessidade de recorrer à estratégia de torcida única, reconhecendo que “o futebol está triste” e destacando a temporalidade dessa decisão: “Felizmente, trata-se de uma decisão temporária para que em 2025 possamos voltar com uma nova realidade”.

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