Segundo incêndio no ano afetou 150 hectares do Parque do Tabuleiro

    Incêndio destruiu 150 hectares no Parque do Tabuleiro
    Incêndio destruiu 150 hectares no Parque do Tabuleiro, na área da Baixada do Maciambú - Foto: CBM-SC/Divulgação/CSC

    Após aproximadamente 28 horas de trabalho, o incêndio no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro foi extinto, no final da tarde deste domindo (3/12), por equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBM), Polícia Militar Ambiental e brigada voluntária de ambientalistas.

    Segundo avaliação no início da noite, o fogo destruiu cerca de 150 hectares do parque na área da Baixada do Maciambú. A extensão é por volta do dobro do que foi queimado em abril, na segunda grande ocorrência do tipo nesse ano. Com a enorme área queimada, a fumaça se espalhou pela Grande Florianópolis durante o domingo e alguns locais mais próximos ao incêndio registraram chuva de fuligem.

    O incêndio foi, mas uma vez, criminoso, iniciado dentro de uma área de restinga de difícil acesso, na parte dos cordões arenosos do parque, no Sul de Palhoça. A primeira chamada ao CBM ocorreu às 14h22 de sábado, relatando a fumaça dentro da área de conservação. No momento ocorria ainda o úiltimo dia de um seminário de educação ambiental a apenas 500 metros dali, no Centro de Visitantes do parque.

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    Conforme ressalta o CBM, os incêndios florestais são crime e resultam na redução da biodiversidade, alteração da fauna, redução da umidade do ar, aumento da poluição e perdas materiais. A Lei 9.605/98, chamada de Lei de Crimes Ambientais, prevê que causar poluição de qualquer natureza em níveis que resulte ou possa resultar em danos à saúde humana, provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora, é crime. Essa Lei prevê multas e até prisão para quem provocar incêndios em mata ou floresta e, também, para quem fabricar, transportar e/ou soltar balões.

    Durante todo o domingo, três equipes estrategicamente distribuídas, conforme mapeamento do helicóptero Águia-02 da PMSC, continuaram os esforços de combate às chamas. Doze militares do CBMSC, sendo nove envolvidos no combate direto e três monitorando por meio de drones, estavam no local. A Polícia Militar Ambiental contou com 19 integrantes em ação, e a Brigada do Parque, com cinco. O CBM teve de deslocar equipes de toda a Grande Florianópolis para atuar no combate às chamas, em área de difícil deslocamento.

    A extensão afetada pelo incêndio, segundo a Polícia Militar Ambiental (PMA), é estimada em aproximadamente 150 hectares, causando impactos diretos na vegetação de restinga. Um dos fatores que complicou a atuação é a presença de muitos pinus na área.

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