Concluída a reforma, Casa de Câmara e Cadeia é repassada ao Sesc

A partir desta sexta-feira (14), o Sesc terá prazo de seis meses para instalar o Museu da Cidade

fachada da casa de camara e cadeia vista de angulo cavaleira da rua em dia ensolarado com carro passando ao lado
Foto: Leonardo Souza/PMF

A Prefeitura de Florianópolis faz às 11h30 desta sexta-feira (14/9), a entrega das obras de restauração da antiga Casa de Câmara e Cadeia. Com isso, o Serviço Social do Comércio (Sesc) de Santa Catarina dará início à instalação do futuro Museu da Cidade. Ele deverá ser inaugurado em março de 2019, já que a entidade terá, a partir de agora, prazo de 180 dias para abrir o equipamento cultural ao público.

Iniciadas em setembro de 2014, as obras chegaram a ser interrompidas de agosto de 2016 até maio de 2017, por falta de pagamento à empreiteira responsável.

A proposta do Sesc-SC para exploração do Museu da Cidade pelos próximos 20 anos, no valor de R$ 9 milhões, foi escolhida através de processo licitatório. Nele, ficou acertado que o lugar deverá contar a história política e econômica de Florianópolis, de forma interativa e dinâmica, utilizando tecnologias e mídias contemporâneas, nas versões português, espanhol e inglês.

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“É com muita alegria que entregamos esta obra de grande valor histórico e cultural. Em breve nossa cidade contará com o seu museu, num espaço que não poderia ser mais apropriado. Será uma referência para estudos e lazer”, ressaltou o Prefeito Gean Loureiro.

O que foi restaurado na Casa de Câmara e Cadeia

O prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia, que fica no entorno da Praça XV de novembro, é um dos três mais antigos e significativos da Capital. Datado de 1771 e tombado como patrimônio histórico de Florianópolis, passou por uma ampla restauração, na qual foi investido R$ 7.593.805,29. Deste montante, R$ 4.461.047,73 foram repassados pelo Ministério da Cultura, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio de convênio firmado com a Prefeitura, e o restante dos recursos são próprios da administração municipal.

Foto: Leonardo Sousa/PMF

Na edificação histórica, que tem área total construída de 865,90 m², foi trocada toda a cobertura (telhado) e a fiação elétrica, assim como substituído o sistema de coleta de águas pluviais. E, pela primeira vez em 247 anos, o prédio passou a contar com sistema preventivo contra incêndio e com sistema de climatização, neste caso, levando em consideração as devidas condições de guarda e de conservação do acervo do Museu da Cidade.

Foram também restauradas as pinturas do século XIX de uma coluna e de parte da abóboda do corredor principal, e conservado o arco em tijolos maciços desse mesmo corredor, no térreo. Os tijolos maciços da parte de cima da abóboda, no primeiro andar, ficaram expostos à visualização, porém, protegidos por uma passarela de vidro temperado de 6 mm – que passou a fazer a ligação da antiga edificação à nova unidade de extensão e apoio construída, através do acesso do elevador instalado.

Já as duas canhonetas encontradas no lugar durante as obras e restauradas pela Universidade Federal de Santa Catarina deverão compor o acervo do Museu da Cidade.

extintores dispostos no chão ao longo de um corredor do prédio, com uma porta ao fundo
Prédio agora conta com sistema preventivo a incêndios – Foto: PMF
Nova unidade

O projeto executado pela empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A também previa a construção de um anexo de dois andares, de 196,50 metros quadrados de área total, aos fundos da antiga Casa de Câmara e Cadeia. Concluídos os trabalhos, o espaço servirá como unidade de extensão e apoio, onde vão funcionar os serviços administrativos e técnicos, cinco sanitários (um deles de uso exclusivo de pessoa portadora de deficiência), uma cafeteria e a acessibilidade ao elevador que foi colocado entre o anexo e ao prédio histórico.

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