Confederação Nacional dos Municípios pede saída de Pazuello do Ministério da Saúde

    Em nota, a entidade que representa gestores locais se diz indignada com a condução da crise sanitária pelo ministério

    Ministro Pazuello de máscara e terno no senado federal falando das ações contra a Covid.
    Pazuello no senado no último dia 11, em encontro para falar das ações de enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde - Foto: Pedro França/Agência Senado/Divulgação/CSC

    A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou nesta terça-feira (16/02) uma nota pedindo a troca no comando do Ministério da Saúde, que tem Eduardo Pazuello como ministro. De acordo com a entidade, falta diálogo com os municípios em relação à crise sanitária e há relatos de suspensão da vacinação contra a Covid-19 por falta de reposição de doses.

    No documento, a CNM se diz indignada com a condução da crise por parte do ministério, que tem ignorado prefeitos e suas tentativas de diálogo e pedidos de informação. Além disso, a gestão da pasta teria uma postura passiva e teria desacreditado a vacina como saída para a pandemia. “Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas. Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para estados e municípios”.

    Capitais como Salvador, Cuiabá, Campo Grande e Porto Alegre interromperam a vacinação por falta de doses nesta semana. Florianópolis está com poucas doses e pode paralisar a aplicação nos próximos dias caso não haja um novo repasse. A capital catarinense iniciou a imunização de idosos maiores de 90 anos no último dia 10. Em reunião virtual com os governadores nesta quarta-feira (17/02), Pazuello afirmou que 230 milhões de doses serão entregues até o final de julho.

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    Por fim, a nota da confederação dos municípios reafirma que considera a vacina como o único meio para superar a crise sanitária e possibilitar a retomada da economia e desenvolvimento social, classificando como “necessária, urgente e inevitável” a troca do ministro Pazuello no comando do Ministério da Saúde.

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