De 2020 para 2021, a área desmatada por ano em Santa Catarina reduziu 15%, de 1.747 hectares para 1.489, enquanto 20 estados brasileiros tiveram aumento, de acordo com o governo estadual, com base em dados do Mapbiomas.
“Em períodos recentes tivemos o destaque do nosso estado era bastante negativo. No último relatório, ficamos entre os quatro que mais reduziram o desmatamento”, detalha o secretário Executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira, que integra a comitiva catarinense na COP 27, no Egito.
Na avaliação do secretário, a melhora é resultado direto da forma como o Governo do Estado passou a integrar mais os principais órgãos ambientais, com a Polícia Militar Ambiental na fiscalização e educação, o IMA na fiscalização e no licenciamento e a Secretaria Executiva de Meio Ambiente, criada em 2019, na formatação de políticas públicas.
Dados do relatório Relatório Anual do Desmatamento no Brasil apontam que Santa Catarina perdeu 3.736 hectares de mata nativa em três anos, ou cerca de 37 km². O governo estadual ainda trabalha para aprimorar análise de desmatamento em todo o território.
Fiscalização
A PMA porém, teve atuação limitada com o novo código ambiental de SC, e só teve seu poder pleno de fiscalização reestabelecido após a justiça suspender o trecho da nova lei. Com isso o órgão voltou a poder atuar de forma intensiva nas ações de controle da derrubada da Mata Atlântica.
Em setembro desse ano, por exemplo, uma nova etapa da fiscalização nacional Mata Atlântica em Pé flagrou nada menos que o desmatamento ilegal de 877 hectares em Santa Catarina. Durante 13 dias, o MPSC, IMA e a PMA verificaram in loco 448 alertas de desmatamento, nos quais em 143 foram identificadas supressão irregular. Nessa fiscalização o município catarinense com maior área de desmatamento ilegal foi Ponte Serrada, chegando a 158,7 hectares de mata nativa derrubada.
