Topázio fala sobre próximos trabalhos de saneamento, habitação e transporte público

Topázio Neto, prefeito de Florianópolis
"Se eu trabalhasse pensando só em eleição eu não faria algumas coisas que estamos fazendo", afirma o prefeito - Foto: Albano Aquino/CSC

OBJETIVOS DA PREFEITURA

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (7), o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, reforçou as diretrizes que pretende focar na segunda metade de mandato: saneamento, saúde e educação. Outros trabalhos neste ano também devem ganhar força, como o programa habitacional de apartamentos, obras de infraestrutura e passagens gratuitas de ônibus. O chefe do poder executivo da capital conversou com a associação de jornais da Grande Florianópolis e deu detalhes exclusivos sobre os temas.

Saneamento

O saneamento básico é agora o carro-chefe da prefeitura, após a crise relacionada no início do ano, com praias impróprias e muitos casos de virose. A prefeitura então lançou o chamado Pacto pelo Saneamento, com o grande objetivo de corrigir milhares de ligações de esgoto nos bairros onde há rede coletora e instalar mais fossas no sul da ilha, onde não há tratamento. “A questão do saneamento é o ponto focal da prefeitura hoje. Do trevo do Rio Tavares para o sul da ilha tem zero de saneamento, a não ser por fossa”, exemplificou.

Uma das novidades relacionadas é o desassoreamento de canais artificiais. A prefeitura já iniciou no norte da ilha e Topázio revelou que na próxima semana começa o trabalho no canal atrás das casas na margem da SC-405, local de constantes alagamentos. A medida será possível por causa de decreto de emergência que permite ao município intervir no canal, já que é área de proteção federal, mas nunca foi desassoreado e impede a vazão. “Semana que vem vai ter ali uma retroescavadeira em cima de uma balsa pra retirar 2,5km de lodo do fundo do canal do antigo DNOS”, revelou.

Escola em 90 dias

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Na área de educação a novidade será uma escola construída em 90 dias no bairro Rio Vermelho, no norte da ilha, para 1 mil alunos. “Vai abrir em 1º de maio, atrasar um pouco o início do ano para alguns alunos, mas vai ter vagas de escola naquela região, que continua crescendo muito”.

Saúde

Na área da saúde o objetivo da prefeitura é ampliar capacidade de atendimento com a abertura de duas portas: a instalação do hospital dia no antigo terminal do aeroporto, no bairro Carianos, para pequenas cirurgias, e a criação da clínica da mulher e da criança no Centro.

Ônibus gratuito em 2 domingos

Sobre o transporte público o prefeito avalia que a experiência de gratuidade em 9 finais de semana foi positiva. “Nós tivemos crescimento na utilização de ônibus, em 50% no sábado e 75% no domingo. A gente avaliou que entre 10 e 12 mil carros foram tirados da rua nos finas de semana porque o ônibus era de graça”. O custo, diz, foi de R$ 2,5 milhões por mês para bancar a isenção na catraca: “Gastamos R$ 5 milhões, mas a avaliação econômica que a gente faz, considerando inclusão social, mobilidade, e que um domingo a gente já disponibilizava de graça, foi uma experiência absolutamente exitosa. E agora estamos avaliando ampliar pra mais um domingo além do domingo na faixa”.

Programa habitacional

Outro detalhamento sobre ações da prefeitura de Florianópolis é a respeito do programa habitacional de apartamentos populares. A ideia inicial é a de 240 unidades – 160 no bairro Vila Aparecida e 80 na Tapera. Porém, a projeção pode ser de 2 mil apartamentos populares: “representantes do BID estão na cidade nessa semana para discutir o financiamento de 2 mil unidades espalhadas pela ilha. O projeto é fazer apartamentos para alugar para as pessoas por um custo muito baixo. Vamos lançar em abril”.

Além dessas obras, Topázio citou a necessidade de fazer o binário dos bairros Carvoeira e Pantanal, com a conclusão da obra da R. Antonio Edu Vieira.

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Política

Questionado sobre o cenário político, Topázio afirma que mantém o ex-prefeito Gean Loureiro como um parceiro firme e que também buscará outros grupos políticos para uma eventual candidatura à reeleição. Porém, afirma também não ser a preocupação: “uma reeleição sempre tem que ser consequência. Mas se eu trabalhasse pensando em eleição eu não faria algumas das coisas que estamos fazendo”.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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