Greve em Florianópolis é marcada para começar na terça-feira (12)

Prefeitura e sindicato reúnem-se na segunda, mas histórico mostra que acordo é pouco provável

Greve em Florianópolis é marcada para começar na terça-feira (12)
Última semana foi marcada por movimentações em direção à greve municipal na capital - Foto: Sintrasem/Divulgação/CSC

Descontente com a falta de negociação por parte da prefeitura, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) articulou de forma mais intensa durante a última semana assembleias que podem culminar com uma nova greve municipal, marcada para iniciar na próxima terça-feira (12/3).

Na segunda-feira (11), às 16h, haverá uma reunião do sindicato com a gestão da prefeitura na busca de tentar um entendimento entre as partes – o que não tem ocorrido em anos recentes em Florianópolis.

A greve, porém, não poderia ocorrer, conforme acordo para finalizar a última paralisação de serviços em Florianópolis. Em 10 de novembro, no TJSC, o sindicato concordou que não faria mais greve pelo menos até 31 de março de 2024, além de multa por descumprir determinações judiciais. Aparentemente seguirá com a quebra de acordo jurídico.

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O descontentamento ocorre por diversos motivos, entre os principais a questão da coleta de lixo e limpeza urbana. Há diversas críticas sobre a execução dos serviços terceirizados, que muitas vezes falham nas áreas destinadas de Florianópolis (Continente, Norte e Centro) e resta aos funcionários da Comcap terminar ou refazer o trabalho. De fato, o serviço prestado pela Comcap é melhor do que o das terceirizadas (depõe contra a autarquia justamente as excessivas greves). A operação policial Presságio, contra supostas irregularidades nos primeiros contratos terceirizados de coleta de lixo, com a Amazon Fort, também dão combustível aos sindicalistas.

De forma mais objetiva, o sindicato defende a realização de novos concursos, o cumprimento dos planos de carreira, não alterar as condições da previdência (projeto em tramitação na CMF), e a valorização dos trabalhadores municipais efetivos – o que significa contratar mais funcionários para a Comcap ao invés de aumentar a terceirização. Uma das alegações é de que a prefeitura cumpre apenas parcialmente cláusulas do acordo coletivo de trabalho, com as horas extras. Para exemplificar isso, na noite desse sábado (9) o Sintrasem postou um vídeo em que mostra funcionários da Comcap cortando grama por volta de 22h.

Caso não haja acordo nesta segunda, haverá a paralisação por tempo indeterminado, que pode envolver também os setores da Educação e da Saúde, aonde também há terceirização.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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