Desembargadora Rosane Wolff é sorteada a relatora do processo dos respiradores no tribunal misto

O Tribunal Especial de Julgamento do segundo processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva realizou nesta sexta-feira (30/10) a sessão de instalação oficial do colegiado e escolha do relator.

Através de sorteio, a desembargadora Rosane Portella Wolff  foi escolhida para ser relatora. Ela deve apresentar o documento em até dez dias a contar do primeiro dia útil após ter sido selecionada, ou seja, o prazo é até 12 de novembro. A partir da entrega, o material será repassado aos outros membros sem as conclusões. Ou seja, sem indicar se vota pelo prosseguimento, ou não, da denúncia.

Após a entrega do relatório, o tribunal deve marcar o julgamento da admissibilidade. O rito prevê ao menos dez dias entre a publicação do relatório no Diário Oficial da Alesc e a votação.

rosane portella wolff
Desembargadora Rosane Wolff foi escolhida por sorteio como a relatora do processo sobre a compra irregular dos 200 respiradores com a Veigamed – TJ/Divulgação/CSC

Roteiro do 2º processo de impeachment

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Nessa primeira parte, se seis entre os dez membros votarem pelo prosseguimento da denúncia, Moisés será afastado por até 120 dias, como foi no processo da equiparação salarial e colocou Daniela Reinehr como governadora. O presidente do colegiado e do Tribunal de Justiça de SC (TJSC), desembargador Ricardo Roesler, votará em caso de empate.

Na abertura da sessão desta sexta, Roesler reiterou o ineditismo do momento, com a instauração de dois processos de impeachment contra um governador de Estado, algo que nunca havia ocorrido no Brasil, desde a redemocratização.

“A partir de agora, a despeito de suas orientações políticas e ideológicas, todos nós atuaremos como juízes”, afirmou o presidente. “E juízes podem ter um só medo: ou o medo de ter medo ou o medo de faltar com o seu dever”, completou, lembrando que os julgadores devem “observar a Constituição da República e a legislação vigente” na elaboração de seus votos.

O presidente do tribunal apresentou o roteiro de julgamento aos integrantes. Ele ressaltou que o rito é o mesmo do primeiro tribunal, com as adaptações necessárias para o segundo pedido de impeachment.  Uma das únicas mudanças é a possibilidade da realização das sessões às segundas, e não apenas às sextas, como ocorre com o primeiro tribunal. Tal alteração foi necessária para conciliar os trabalhos dos dois tribunais.

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