Operação Pleumon: agentes fazem busca na casa do governador Carlos Moisés

Operação é parte da investigação da compra irregular de 200 respiradores com a Veigamed, ao custo de R$ 33 milhões

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal foram à Casa D’Agronômica, residência oficial do governador de Santa Catarina, cumprir mandato de busca de provas na Operação Pleumon, deflagrada na manhã dessa quarta-feira (30/9). A ordem foi emitida pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, no âmbito da investigação da compra irregular de 200 respiradores com a empresa Veigamed.

São três mandados de busca, contra Moisés e outros dois integrantes do governo de Santa Catarina. Os agentes também foram no Centro Administrativo do governo, na SC 401, em Florianópolis. O STJ investiga o caso para saber se a ordem de compra dos respiradores, ao custo superfaturado de R$ 33 milhões, partiu diretamente do governador.

A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirma no pedido de buscas que há elementos que demonstram a existência de um esquema criminoso de desvio de dinheiro público no governo. Além disso, os investigadores apuram se houve lavagem de dinheiro decorrente da prática do crime antecedente contra a administração pública, mediante ocultação e distanciamento da origem dos recursos públicos desviados da compra de respiradores. As informações são da revista Veja.

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Na Alesc, um dos pedidos de impeachment, mais recentemente protocolados, trata da compra irregular com a Veigamed, cujos aparelhos respiradores para tratamento de Covid-19 não foram entregues. Cerca de R$ 13 milhões foram recuperados a respeito da compra fraudulenta, sem licitação.

Operação Pleumon

As ações de busca tem nome: Operação Pleumon. A Polícia Federal emitiu a seguinte nota:

Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República deflagraram nesta manhã a Operação Pleumon, com vistas à repressão a organização criminosa que atuava com o objetivo de desviar recursos públicos, em especial aqueles relacionados a contratos firmados para gestão da saúde e ao combate da pandemia da Covid-19.

A ação investiga fortes indícios de crimes relacionados à aquisição emergencial de 200 (duzentos) respiradores pulmonares pelo governo do Estado de Santa Catarina junto à empresa particular, no valor de R$ 33.000.000,00 (trinta e três milhões de reais). Em maio deste ano, foi deflagrada a denominada “Operação O2” e, com o prosseguimento das investigações, novos elementos de prova foram obtidos, o quais fundamentaram a representação da Polícia Feder por medidas cautelares junto ao Superior Tribunal de Justiça.

A ação de hoje conta com a participação de 30 Policiais Federais. Estão sendo cumpridos 05 mandados de busca no Estado de Santa Catarina. São investigados os crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção, concussão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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