A Polícia Federal lançou, nesta terça-feira (17/06), a Operação Miraculum Piscis. A ação contou com apoio do Ministério da Agricultura (MAPA), do IBAMA e da Receita Estadual de Santa Catarina (SEFAZ). Juntos, os órgãos visam desarticular uma organização criminosa. O grupo falsificava selos sanitários e vendia pescados de forma ilegal.
As equipes cumpriram 44 mandados de busca e apreensão. Eles atuaram em residências e empresas de 21 municípios. As ações ocorreram em sete estados: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Bahia.
O caso começou após uma fiscalização do MAPA em Penha (SC). Técnicos encontraram selos falsos do Serviço de Inspeção Federal (SIF) em uma empresa. A partir disso, os investigadores identificaram outras companhias envolvidas no esquema. Todas usavam selos falsos e notas fiscais adulteradas para vender pescados.
Ao aprofundar a investigação, os agentes descobriram fraudes nos produtos. Os criminosos adicionavam água para aumentar o peso. Além disso, trocavam espécies de peixes e usavam aquelas proibidas por lei. Em alguns casos, vendiam pescados durante o período de defeso. Também colocavam no mercado itens sem autorização dos órgãos de fiscalização.
Dessa forma, os policiais confirmaram várias irregularidades. Eles apuram crimes como associação criminosa, falsificação de selo público e falsidade ideológica. Também investigam o uso de documentos falsos, adulteração de alimentos, crimes ambientais, fiscais e contrabando.
Relação: Estado / Cidades / Mandados:
- Santa Catarina:
Penha (7), Navegantes (5), Barra Velha (5), Itajaí (4), Balneário Piçarras (2), Itapema (1), Gaspar (1), São José (1) - São Paulo:
São Paulo (3), São João da Boa Vista (2), Cerquilho (2), Guarulhos (1), Osasco (1), Cotia (1) - Rio Grande do Sul:
Porto Alegre (1), Novo Hamburgo (1) - Rio de Janeiro:
Rio de Janeiro (1), Quissamã (1) - Goiás:
Goiânia (1), Aparecida de Goiânia (1) - Paraná:
Curitiba (1) - Bahia:
Salvador (1)
O nome da operação faz referência à passagem bíblica da multiplicação dos peixes. A escolha remete ao esquema usado pelos criminosos: aumentar artificialmente o peso dos produtos e replicar lotes com selos falsificados