Polícia relata como foi solucionado o sequestro da menina Fabíola

Haviam "brinquedos macabros, com bonecas como se fossem filmes de terror", relata delegado

policias sentado em volta de uma mesa na coletiva de imprensa sobre o sequestro de fabíola
Na manhã de domingo (20) policiais relataram como concluíram o caso do sequestro da menina Fabíola, de quatro anos, em Palhoça - PC/Divuçgação/CSC

A Polícia Civil de Santa Catarina localizou na madrugada desse domingo (20/12) Fabíola, a menina de quatros raptada de sua casa em Palhoça. Foram cerca de 30h entre o sequestro e a libertação. Quem a sequestrou foi um casal jovem, de naturalidade do Rio Grande do Sul, e que há anos mora em Florianópolis, no Norte da ilha.

Em entrevista coletiva na parte da manhã, o delegado-geral da PC catarinense, Paulo Norberto Koerich, contou mais alguns detalhes sobre o caso, mas sem revelar a identidade dos sequestradores. O delegado também afirmou que o êxito em encontrar a criança com vida foi um trabalho de integração das forças policiais. “Ganhamos nosso presente de Natal”, disse Koerich. Ele agradeceu as informações relevantes que a população repassou à polícia para conseguir solucionar o caso. Houve também trotes que atrapalhar a investigação, com perda de tempo.

O delegado Fábio Pereira relatou sobre o momento em que os policiais localizaram a casa onde estava a criança. Ao adentrarem na residência, encontrada por conta do veículo Gol G3 branco, a primeira pessoa a ser vista e abordada foi o homem, que negou que houvesse mais alguém na casa. “Os policiais insistiram e ele acabou dizendo que estava com a esposa. Em um terceiro momento ele acabou dizendo que havia uma menina que eles estavam cuidando”.

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No quarto, os policiais encontraram Fabíola no colo da sequestradora, que não queria largá-la. “Nesse momento ela não soltava a criança de maneira alguma, foi dado voz de comando para que ela largasse a criança, e ela não atendia, mas na sequência os policias conseguiram retirar a criança dos braços da mulher. Houve uma resistência por parte dela de forma ativa”, relatou o delegado.

Fabíola então foi retirada da casa pelas policiais da Dpcami e o casal de sequestradores foi preso por sequestro qualificado, por conta da vítima ter menos de 18 anos. A polícia tem 10 dias para concluir o inquérito e possivelmente apontar alguma motivação do casal para o crime. Pereira afirmou que já se sabe que há cerca de 10 dias o casal se aproximou da residência da família da menina. “Ela (mãe) já tinha visto o casal, contanto que conseguiu fazer o retrato falado”, disse a delegada Eliane Chaves.

O delegado João Fleury contou que no momento em que a menina foi retirada da casa, ficou emocionada. Depois passou a ficar mais alegre já na viatura em direção à delegacia, feliz com a presença dos policias. “Chegou a falar que nós éramos os super-heróis dela”, disse o delegado.

De acordo com os policiais, a casa onde estava a menina era um local muito bagunçado, com desenhos e brinquedos “macabros”, além de roupas misturadas com fezes. “Era uma bagunça generalizada, sem condições nenhuma de estar ali qualquer ser humano. Fezes de animais misturadas com roupas de crianças. E também brinquedos macabros. Bonecas pintadas como se fossem filmes de terror. Aquelas caricaturas como se fossem coringas desenhadas, espalhadas”.

Menina está bem

Em gravação para o repórter Sérgio Guimarães a menina Fabíola apareceu mandando um beijo no colo da mãe, que havia recebido uma paulada na cabeça no momento do sequestro.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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